Escola Militar do Corpo de Bombeiros no Açude/Volta Redonda |
CBMERJ
Na última sexta-feira, dia 19, o Comitê do 1º Colégio do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro enviou uma nota aos pais de alunos da turma iniciante da escola, que em 2021, no 3º ano do Ensino Médio (turma concluinte), e a turma ingressante em 2020, no 2º ano, informando que está com o inicio das aulas indefinido devido alguns entraves para que o colégio continue suas atividades escolares neste ano letivo, devido o impasse relacionado exclusivamente a aspectos burocráticos e políticos da SEEDUC/RJ em relação a cessão de professores.
Para os alunos do último ano do ensino médio, da turma de 2º ano (ingressante em 2020), e mais 60 alunos que deveriam ter ingressado neste ano letivo de 2021, no 1º ano, a escola necessita de professores que garantirão o oferecimento de todas as disciplinas da sua grade curricular a todas as quatro turmas, sendo que até o momento a solicitação não tinha sido atendida pela Secretaria de Estadual de Educação.
A nota ainda relata que a solicitação já havia sido feita no ano passado para que não houvesse atrasos neste ano, como houve no início do ano de 2020, 'pela morosidade no atendimento à cessão de docentes'.
Desde que o colégio passou a ser de responsabilidade do CBMERJ, após representação da associação de moradores, que em 2019 mobilizou-se para que a instituição não fosse fechada pela Seeduc, e fosse assumida pela atual administração, mais de 800 alunos se inscreveram para as 60 vagas oferecidas para o 1º ano do Ensino Médio em 2020, a fim de ingressarem no ano letivo de 2021. Os alunos classificados não poderão iniciar as aulas, mesmo muitos já terem realizado a matrícula, pois a carência de professores ainda persiste, impedindo que o ano letivo de 2021, previsto para início em 22 de fevereiro, ocorra.
O coronel Filipe Pimentel, coordenador da Diretoria de Ensino do Corpo de Bombeiros reuniu-se com o corpo docente da escola, no último dia 18, para explicar os motivos que suspenderam o processo de matrícula de novos alunos no colégio, ratificando que o único motivo para que a entrada de novos alunos não ocorra é devido à reticência da SEEDUC ao pedido de cessão dos professores solicitados. Ele ainda disse que o CBMERJ tem uma carência de mais de 15.000 servidores, com grupamentos funcionando com apenas quatro bombeiros efetivos para garantir o atendimento mínimo à população, o que inviabilizaria, até mesmo por impossibilidade de utilização legal das verbas, a contratação de professores para manterem o funcionamento das escolas, necessitando exclusivamente da secretaria para que a escola não encerre suas atividades.
"Caso a demanda não seja atendida, a escola decide pela suspensão de todas as aulas para que haja mobilização da comunidade escolar e as autoridades, a fim de que a escola não seja fechada, após a conclusão do Ensino Médio dos alunos em curso", concluiu.