A Obediência no Falar
Na Bíblia, nossa língua é chamada de “mundo de iniqüidade... que
contamina o corpo inteiro... Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai;
também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus”
(Tg 3.6,9).
Na Palavra de Deus encontramos diversas instruções e exortações em
relação ao uso da língua. Por exemplo: “Desvia de ti a falsidade da boca
e afasta de ti a perversidade dos lábios” (Pv 4.24). Uma tradução livre
do texto seria: “Não permitas que tua boca fale qualquer inverdade; que
teus lábios pronunciem difamação ou engano”. Tudo o que é inverdade,
tudo o que torce a verdade e tudo o que engana é mentira. O mais difícil
para nós realmente é obedecer com a língua, não é mesmo? Uma pesquisa
entre jovens alemães a partir de 14 anos revelou que as pessoas
engendram alguma mentira a cada oito minutos: “São aproximadamente 200
inverdades durante o dia” (Topic, 4/2002).
A Bíblia declara com muita propriedade: “a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim” (Tg 3.8-10).
A Bíblia declara com muita propriedade: “a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim” (Tg 3.8-10).
Uma história ilustra todo o poder do que falamos ou deixamos de falar:
Um homem riquíssimo tinha convidado muitas pessoas para uma festa.
Encarregou seu cozinheiro-chefe de comprar os melhores alimentos. Este
foi ao mercado e comprou línguas – somente línguas e nada mais.
Apresentou-as como primeiro prato, segundo prato, etc., servindo somente
línguas aos hóspedes. Os convivas elogiaram a composição da refeição e a
idéia original do cozinheiro. Mas, aos poucos começaram a ficar
saturados de tanto comer línguas. O anfitrião se irritou e mandou chamar
o cozinheiro: “Não mandei que você comprasse o que há de melhor no
comércio?” Ele respondeu: “Existe algo melhor do que língua? Ela é o
vínculo na vida social, a chave para todas as ciências, o órgão que
proclama a verdade e a razão. Graças ao poder da língua, edificam-se
cidades e as pessoas se tornam letradas e cultas”. “É verdade”,
concordou o dono da casa. E mais uma vez encarregou o cozinheiro de
preparar outro banquete para o dia seguinte, com a ressalva de comprar o
que de pior houvesse na feira. Novamente este comprou línguas, somente
línguas. Preparou-as das mais variadas maneiras para o banquete. Já que
os convidados eram os mesmos, enojaram-se rapidamente do cardápio. O
anfitrião sentiu-se ridicularizado e envergonhado, e gritou com seu
chefe de cozinha: “Não mandei que você preparasse o que há de mais ruim?
O que você está pensando? Por que serviu línguas outra vez?” Ele
respondeu: “A língua também é o que há de pior no mundo, a mãe de todas
as contendas e discórdias, a fonte de todos os processos judiciais, das
diferenças de opinião e o instrumento que incita à guerra e à
destruição. Ela é o órgão que propaga enganos e difamações. Pessoas são
levadas ao mal, cidades são destruídas e vidas são aniquiladas pelo
poder da língua”.
O perigo de uma língua sem freios
Uma língua que não está sob o domínio do Espírito Santo anula qualquer
ministério espiritual: “Se alguém supõe ser religioso, deixando de
refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é
vã” (Tg 1.26). Como ilustração, vejamos mais um relato:
Um senhor idoso foi solicitado a conversar com um jovem de sua comunidade que havia roubado a seu chefe e estava na prisão. “Parece que eu o conheço de algum lugar”, disse o homem ao jovem, “você não me é estranho”. “Com certeza”, respondeu o prisioneiro, “já faz mais de dez anos, mas parece que foi ontem, pois lembro-me claramente de nosso encontro. O senhor é o culpado de eu me encontrar nesta prisão”. – “Mas como?”, surpreendeu-se o visitante. “Em toda a minha vida não lhe fiz mal algum!” – “Não propositalmente; mas certa vez eu vinha com meu pai de uma evangelização, quando encontramos o senhor no caminho. Meu coração estava profundamente tocado pela pregação que ouvira e eu queria voltar para derramá-lo diante do evangelista. Mas aí ouvi o senhor ridicularizando o pregador, dizendo que ele era inculto e não sabia pregar direito. Essas palavras despertaram em mim um desprezo pela pregação que acabara de ouvir, e a partir de então parei de buscar a salvação de minha alma. Comecei a andar em más companhias e hoje estou aqui na prisão”.
Um senhor idoso foi solicitado a conversar com um jovem de sua comunidade que havia roubado a seu chefe e estava na prisão. “Parece que eu o conheço de algum lugar”, disse o homem ao jovem, “você não me é estranho”. “Com certeza”, respondeu o prisioneiro, “já faz mais de dez anos, mas parece que foi ontem, pois lembro-me claramente de nosso encontro. O senhor é o culpado de eu me encontrar nesta prisão”. – “Mas como?”, surpreendeu-se o visitante. “Em toda a minha vida não lhe fiz mal algum!” – “Não propositalmente; mas certa vez eu vinha com meu pai de uma evangelização, quando encontramos o senhor no caminho. Meu coração estava profundamente tocado pela pregação que ouvira e eu queria voltar para derramá-lo diante do evangelista. Mas aí ouvi o senhor ridicularizando o pregador, dizendo que ele era inculto e não sabia pregar direito. Essas palavras despertaram em mim um desprezo pela pregação que acabara de ouvir, e a partir de então parei de buscar a salvação de minha alma. Comecei a andar em más companhias e hoje estou aqui na prisão”.
Certa vez o Senhor Jesus disse que os homens prestarão contas de
qualquer palavra frívola que tiverem falado (Mt 12.36). Portanto, tudo o
que falamos fica registrado no céu.
Tudo é revelado na luz da glória de Deus
Quando o profeta Isaías viu a glória de Deus, ficou imediatamente
consciente de seus lábios impuros: “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o
Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas
vestes enchiam o templo. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido!
Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros
lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is
6.1,5).
O rei Davi também sabia o mal que pode ser causado por palavras ditas impensadamente. Por isso, orou: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. Não permitas que meu coração se incline para o mal...” (Sl 141.3-4). A Bíblia Viva diz: “Ó Senhor, ajuda-me a tomar cuidado com o que falo; ajuda-me a não falar o que não te agrada. Não permitas que o meu coração seja atraído para o pecado...”
O rei Davi também sabia o mal que pode ser causado por palavras ditas impensadamente. Por isso, orou: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. Não permitas que meu coração se incline para o mal...” (Sl 141.3-4). A Bíblia Viva diz: “Ó Senhor, ajuda-me a tomar cuidado com o que falo; ajuda-me a não falar o que não te agrada. Não permitas que o meu coração seja atraído para o pecado...”
Por que alguém mente? Porque há falsidade em seu coração: “Vou descrever
para vocês um homem vazio, inútil, um homem que não presta para nada.
Suas palavras são mentirosas... Seu coração está cheio de maldade...”
(Pv 6.12,14, A Bíblia Viva).
Áreas perigosas – onde devemos vigiar nossa língua
Existem três áreas potencialmente perigosas em relação ao nosso falar:
Áreas perigosas – onde devemos vigiar nossa língua
Existem três áreas potencialmente perigosas em relação ao nosso falar:
1. A mentira
No Antigo Testamento Deus já alertou: “Não furtareis, nem mentireis...”
(Lv 19.11). E no Novo Testamento somos exortados: “Por isso, deixando a
mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros
uns dos outros” (Ef 4.25). Em outras palavras: ninguém pode passar por
cima da mentira; ela é séria demais e sempre deve ser exposta à luz. Uma
meia-verdade é uma mentira completa.
No Apocalipse há menção específica de que os mentirosos não entrarão no reino dos céus e acabarão no lago que arde com fogo e enxofre (Ap 21.8,27).
No Apocalipse há menção específica de que os mentirosos não entrarão no reino dos céus e acabarão no lago que arde com fogo e enxofre (Ap 21.8,27).
2. Calúnia e difamação
É muito fácil acabar com a reputação de alguém falando apenas algumas
poucas palavras. É por essa razão que a calúnia e a difamação devem ser
levadas muito a sério, pois fazem parte das piores atitudes nos
relacionamentos humanos. Lemos no Salmo 15.1-4: “Quem, Senhor, habitará
no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com
integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; o que
não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria
contra o seu vizinho; o que, a seus olhos, tem por desprezível ao
réprobo, mas honra aos que temem ao Senhor; o que jura com dano próprio e
não se retrata”.
3. Exagerar ou minimizar os fatos
Exageramos com facilidade quando se trata de nossas boas ações, mas
quando contamos alguma coisa boa acerca de alguém, tendemos a diminuir
suas qualidades. Foi o que levou o salmista a orar: “Põe guarda, Senhor,
à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. Não permitas que meu
coração se incline para o mal, para a prática da perversidade na
companhia de homens que são malfeitores...” (Sl 141.3-4).
Um menino disse a seu pai: “Papai! Papai! Eu vi um cachorro do tamanho de um elefante!” O pai retrucou: “Já avisei milhões de vezes que você iria apanhar se continuasse exagerando tanto!”
Exagero ou minimização devem ser equilibrados como os pratos das antigas balanças: o ponto certo é alcançado quando os ponteiros estão na mesma altura.
Um menino disse a seu pai: “Papai! Papai! Eu vi um cachorro do tamanho de um elefante!” O pai retrucou: “Já avisei milhões de vezes que você iria apanhar se continuasse exagerando tanto!”
Exagero ou minimização devem ser equilibrados como os pratos das antigas balanças: o ponto certo é alcançado quando os ponteiros estão na mesma altura.
Confessando a culpa e recebendo perdão
Depois da conquista da cidade de Jericó, Acã tomou para si despojos
proibidos, e todo o povo de Israel caiu em desgraça. Mais tarde esse
pecado veio à luz, e mesmo que o culpado já tivesse sido revelado, Josué
disse a Acã: “Filho meu, dá glória ao Senhor, Deus de Israel, e a ele
rende louvores; e declara-me, agora, o que fizeste; não mo ocultes” (Js
7.19). Acã respondeu: “Verdadeiramente, pequei contra o Senhor, Deus de
Israel, e fiz assim e assim” (v.20). Então, segundo a Lei, Acã teve de
morrer.
Hoje ninguém é condenado à morte por ter mentido, caluniado, difamado, exagerado ou minimizado os fatos. A graça de Jesus está acima da Lei. Mas o pecado somente será perdoado quando for confessado: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (1 Jo 1.9).
Hoje ninguém é condenado à morte por ter mentido, caluniado, difamado, exagerado ou minimizado os fatos. A graça de Jesus está acima da Lei. Mas o pecado somente será perdoado quando for confessado: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (1 Jo 1.9).
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