Adilson Batista não resiste à goleada e deixa o comando do Vasco
Treinador deixa o cargo que ocupava desde o final de 2014
Rio - Após a derrota para o Avaí em São
Januário por 5 a 0, o treinador Adilson Batista está fora do Vasco. O
comandante não resistiu ao vexame em casa, somado a sequência de quatro
jogos sem vencer do clube carioca.
"Lamentavelmente estou aqui para
anunciar a saída do Adilson. Foi uma decisão pode se dizer que comum
acordo. Partiu do Adilson, a ideia de sair hoje, falo isso com mta
tristeza. Durante esses oito meses, vivenciei um profissional altamente
comprometido, capacitado. Infelizmente o ambiente criado contrário a
este profissional, volto a dizer, conspira muitas vezes para a gente
presenciar uma situação dessa. Estamos na ponta, classificados na Copa
do Brasil e com poucas derrotas no ano. Foi uma decisão tomada há pouco e
não estavamos prevendo isso. Não é falta de planejamento. Ninguém
espera o pior. Não pensamos em nenhum nome. Nem temos contato. Só vamos
pensar a partir de domingo. Confesso que não gostaria de está aqui. Se
nós não tivermos um nome, um auxiliar pode assumir", afirmou o gerente
de futebol cruzmaltino, Rodrigo Caetano.
Adilson deixou o comando do Vasco
Depois do anuncio de Rodrigo, Adilson Batista
concedeu uma entrevista para falar sobre o seu período como treinador do
Vasco. O ex- comandante agradeceu a oportunidade no clube carioca.
Agradecimentos
Só queria agradecer ao clube. Sei da grandeza
do Vasco. Foi um privilégio de ter trabalhado aqui. Com as pessoas que
convivi: Rodrigo, Ercolino, Roberto. Os atletas. Indicamos muitos
atletas. Tentamos encontrar alternativas no mercado. Tetamos jogar com
mais tranquilidade, com paz. Sei da minha capacidade. Tenho mais uns 15
anos para trabalhar. Sempre vou respeitar o Vasco, o título estadual não
veio, estamos bem na Série B, na Copa do Brasil. Guardo carinho do
Vasco.
Motivo da saída
Deixo por causa da atmosfera. Se avaliar
friamente o jogo, você tem o dominio, cria, sofre um apagão, tem duas
bolas paradas e gol. Depois cria de novo, tem o pênalti, e depois sofre
mais dois gols de bola parada. Não é em função deste jogo. Penso muito
no clube. A vaidade fica longe. Acho que seria a melhor escolha sair
para as coisas fluirem. Espero comemorar com os atletas a vaga para a
Série A
Rejeição da torcida
Foi um prazer trabalhar no Vasco. Já tinha
enfrentado várias vezes. Sei a grandeza, da dificuldade de jogar em São
Januário. Tinha vontade de fazer históiria. Mas parte da torcida nunca
gostou do meu nome, nunca apoiou. E eu vou continuar na minha linha.
Nunca vou pagar ninguém. Sou sério e vou procurar fazer o que acho
certo. Infelizmente temos de conviver com determinadas situações. A
maioria dessa turma considerada torcida organizadas... são bem
organizadas, pois a gente sabe como funciona. Tenho muito respeito pelo
Vasco
Pressão
Eu consigo suportar a carga negativa, o burro,
mas isso passa para os jogadores. Prefiro que eles joguem mais soltos.
Daqui a pouco vem alguém que eles apoiem. Temos de pensar no Vasco. Há
algum tempo, o Rodrigo tá segurando. É um ano político. Há interesse e
muita coisinha que atrapalha o rendimento. Quero que flua. Os meninos
têm capacidade de vencer a competição. Por isso prefiro sair agora para
ajudar. Houve algo orquestrado.
O comandante estava no cargo desde o fim de
2013. No clube carioca, Adilson foi o técnico das últimas rodadas do
Brasileiro, quando o Vasco conseguiu uma pequena reação, mas acabou
rebaixado para a Série B. Em 2014, no comando do clube carioca, o
treinador sofreu cinco derrotas, sendo duas no Carioca e três na Série
B.
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