O homicídio aconteceu há quase uma semana, no Santa Rosa, bairro nobre da cidade. À época, testemunhas contaram à Polícia Militar que o policial estava próximo do idoso antes de matá-lo.
Logo após o crime, com o copo de cerveja na mão, o inspetor aponta a arma para dentro do bar e, segundos depois, dispara pelo menos mais cinco vezes contra o corpo da vítima, que já estava caído na calçada.
Policial teve a prisão em flagrante convertida em preventiva
Na sequência, o vídeo mostra ainda o agente colocando o copo de cerveja sobre uma mesa, guardando a arma na cintura e entrando no bar antes de ir embora. Ele ficou quase 2 minutos no estabelecimento após o crime.
O policial foi encontrado pela Polícia Militar pouco tempo depois, na Rua Vereador Antenor Rocha, que fica na esquina do local do assassinato. Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado.
Conforme a PM, ao ser detido, o policial estava falando palavras desconexas. No entanto, indicou onde havia descartado a arma utilizada no crime, uma pistola calibre. 40, jogada ao lado de um monte de entulho à beira da via.
O inspetor atuava na delegacia de Volta Redonda–RJ. De acordo com a Polícia Civil de Barra Mansa, ele não apresentou explicações sobre o crime. As investigações apontaram que o assassinato ocorreu sem qualquer discussão com a vítima — classificado, então, como motivo fútil.
Ainda segundo a Polícia Civil, o policial esteve afastado por questões psicológicas, e retornou a função há cerca de um ano e meio.
Justiça converte em preventiva a prisão em flagrante de policial que matou idoso a tiros
No dia seguinte ao crime, o policial passou por uma audiência de custódia na Cadeia Pública de Volta Redonda. A Justiça atendeu a um pedido da Polícia Civil e converteu em preventiva a prisão em flagrante.
Segundo a polícia, agora, o policial vai aguardar o julgamento em uma unidade da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, para onde são levados policiais civis acusados de crimes.
A delegacia de Barra Mansa abriu dois inquéritos para o caso: o primeiro é o criminal, no qual o policial pode pegar uma pega de 30 anos de prisão, caso condenado. Já o segundo é administrativo — se o Juiz decidir pela condenação, ele será expulso da Polícia Civil.
Em nota divulgada na última quarta-feira (17), a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que a "Corregedoria-Geral de Polícia Civil (CGPOL) acompanha o caso e instaurou procedimento administrativo disciplinar".
0 Comentários