Quais exames solicitar ao casal infértil?

Evento da APM para profissionais da Saúde discute o tema em palestra do especialista Renato Fraietta

 

Quais exames solicitar ao casal infértil? / Foto: reprodução

De acordo com um relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2023, 1 em cada 6 adultos enfrenta problemas relacionados à infertilidade. No Brasil, a maioria dos casais que desejam aumentar a família precisa recorrer a clínicas privadas de reprodução assistida. Atualmente, apenas 10 dos 197 hospitais especializados nessa área oferecem atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que em apenas quatro deles o tratamento é totalmente gratuito.

Quais exames solicitar ao casal infértil? Estas e outras questões serão abordadas no Curso de Reprodução Humana que a Associação Paulista de Medicina (APM) realiza no dia 20 de fevereiro. O encontro, organizado pelo Prof. Dr. Renato Fraietta, também abordará a importância de identificar o momento ideal para a solicitação de exames.

Com isso em mente, a programação do curso incluirá uma análise dos principais exames realizados em consultórios para casais que desejam engravidar e discutirá quais desses são realmente necessários. O objetivo é evitar procedimentos dispensáveis que, além de aumentarem os custos financeiros, podem intensificar o impacto emocional enfrentado pelos pacientes durante o processo.

“Este evento é fundamental para discutir quais exames são realmente necessários na abordagem inicial do casal e na investigação complementar, além de alertar sobre exames desnecessários, que podem onerar o processo e até confundir a atitude terapêutica a seguir”, explica Renato Fraietta, palestrante do evento e delegado da Associação Médica Brasileira por São Paulo.

Fraietta, que também é coordenador do Setor Integrado de Reprodução Humana da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), destaca que o aumento na taxa de infertilidade tem causas multifatoriais. “Os fatores masculinos afetam a quantidade e a qualidade dos espermatozoides, enquanto os fatores femininos incluem a falta de ovulação, endometriose e alterações tubárias”, esclarece. Ele ainda acrescenta que “o adiamento da maternidade e da paternidade, cada vez mais comum nos dias de hoje, também é uma causa relevante”.