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Servidor publico é preso por suspeita de ataques a 17 ônibus em São Paulo

Servidor publico é preso por suspeita de ataques a 17 ônibus em São Paulo

“Ele queria consertar o país”
Servidor publico é preso por suspeita de ataques a 17 ônibus em São Paulo
Servidor publico é preso por suspeita de ataques a 17 ônibus em São Paulo / Foto: reprodução da Polícia Civil

Foi preso nesta terça-feira, dia 22, pela Polícia Civil de São Paulo, um homem suspeito de participação em 17 ataques a ônibus na Região Metropolitana da capital paulista. Quase todos os atos de vandalismo foram praticados em São Bernardo do Campo, no Grande ABC. A exceção foi um ataque no bairro no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, que deixou uma criança ferida após ser atingida por estilhaços de vidro.

O homem foi identificado como o funcionário público Edson Aparecido Campolongo, de 68 anos, que trabalha como motorista do chefe de gabinete da CDHU, a Companhia de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado.

Na casa de Edson, os policiais encontraram estilingue, pedras e bolinhas metálicas utilizadas para atacar os ônibus. O homem confessou ter sido o autor dos ataques e afirmou aos investigadores que a motivação para os crimes seria “consertar o Brasil e tirar o país do buraco”.

Em depoimento, Édson também confirmou que o irmão, Sérgio Aparecido Camplongo, participou de pelo menos dois ataques. A polícia ainda não o localizou, mas já pediu a prisão preventiva dos dois. Eles devem responder por crimes como dano qualificado e atentado contra a segurança de serviços de utilidade pública.

O delegado do Departamento de Investigações Criminais de São Bernardo do Campo, Júlio César Teixeira, afirmou que tudo indica que ele atuou de fato por conta própria:

“Nós não temos nenhum indício que pudesse ter qualquer ligação com o primeiro organizado. Ele acabou concluindo e respondendo diante dessas perguntas com as palavras: ‘fiz m..., não tem nada a ver o que eu fiz. O que eu fiz não vai tirar o país, eu estou extremamente arrependido’. Essas foram as palavras que ele usava.”

Os investigadores vão levantar informações no telefone, nos e-mails e nas redes sociais do funcionário público. A polícia descarta, neste momento, a hipótese de uma motivação por um desafio nas redes sociais.

Edson Aparecido Campolongo negou, em depoimento, que tenha associação com partidos políticos ou sindicatos.

A Grande São Paulo contabiliza 813 ataques a ônibus, ocorridos em 27 cidades, desde o início de junho. Segundo a Polícia Militar, 22 pessoas já foram detidas por participação nos atos de vandalismo, sendo 14 adultos e nove menores de idade.

Também há casos que a polícia identifica como um efeito manada, de pessoas que aproveitaram a onda de ataques para cometer crimes.

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