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Carlor já dá sinais e verão se aproxima no Rio

Carlor já dá sinais e verão se aproxima no Rio

Com sensação térmica elevada desde o início de outubro, especialistas alertam para os cuidados com a saúde 

Carlor já dá sinais e verão se aproxima no Rio
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Em outubro, segundo dados históricos, as máximas médias no Rio sobem de 26 °C para 27 °C, e as mínimas crescem de 20 °C para 22 °C. Esse aquecimento gradual evidencia que o verão está se anunciando. 

Segundo o Ministério da Saúde, os atendimentos por desidratação e insolação aumentam cerca de 30% nos meses mais quentes. Já um levantamento recente da Secretaria de Saúde do Estado mostra que, durante ondas de calor, emergências no Rio podem registrar mais de 2 mil casos em menos de 20 dias. 

No Brasil, a média de dias com temperaturas acima de 35 °C cresceu cerca de 38% na última década, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

O educador físico e personal trainer Christian Ribas, especialista em fisiologia do exercício, alerta que o corpo precisa de adaptação gradual. “Se exercitar no calor exige mais do que disposição. É preciso respeitar os horários de menor temperatura, reforçar a hidratação e ajustar a intensidade. O corpo leva cerca de duas semanas para se aclimatar, e forçar o ritmo antes disso aumenta muito o risco de exaustão”, orienta Ribas. 

As recomendações do Ministério da Saúde incluem evitar atividades físicas entre 10h e 16h, período de pico térmico e maior incidência solar. Já a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) alerta que, em calor extremo, a perda de líquidos pode ultrapassar 1 litro por hora, o que torna indispensável o consumo regular de água e reposição de eletrólitos. 

Muitos atletas mantêm a mesma rotina de treino como se o calor não estivesse influenciando, o que pode ser um risco, segundo o especialista. “Muita gente acha que basta levar uma garrafinha de água e seguir. Mas em condições extremas, é fundamental reduzir carga, buscar sombra ou locais ventilados. Na praia, areia e sol aumentam a exigência corporal”, afirma. 

Ele também relata adaptações feitas pelos alunos: “Alguns já trocam corrida intensa por circuitos leves, outros fazem pausas ativas a cada 15 minutos. É uma mudança de mentalidade, ouvir o corpo vira parte do treino. Treinar sob altas temperaturas pode ser seguro, desde que bem planejado. A assessoria profissional ajuda a manter a constância sem colocar a saúde em risco”

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o calor extremo como um dos principais riscos ambientais à saúde global, com previsão de aumento nos próximos anos.

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