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CPMI do INSS revela relações do empresário Domingos Sávio com o governo Bolsonaro

CPMI do INSS revela relações do empresário Domingos Sávio com o governo Bolsonaro

CPMI do INSS revela relações do empresário Domingos Sávio com o governo Bolsonaro
Domingos Sávio de Castro negou envolvimento em fraudes investigadas pela CPMI / Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS (CPMI) revelou, nesta terça-feira, dia 29 de outubro, novas informações sobre o envolvimento do empresário Domingos Sávio de Castro em um esquema de fraudes milionárias contra aposentados e pensionistas. O depoimento do empresário trouxe à tona a relação de suas empresas com o ex-diretor do INSS e com o governo Jair Bolsonaro, apontando para uma rede de favorecimentos e irregularidades em contratos de associações ligadas ao setor previdenciário.

Durante a sessão, os parlamentares da base do governo questionaram a atuação de Sávio à frente da empresa DM&H Assessoria Empresarial e Corretora de Seguros, responsável por repasses de recursos à rede do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, apontado como operador de um dos principais núcleos de fraudes apurados pela CPMI. As investigações indicam que as empresas do depoente firmaram contratos com associações de aposentados que, por sua vez, realizavam descontos indevidos nos benefícios de milhares de segurados.

Segundo o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), o empresário foi beneficiado pela política de liberalização promovida durante o governo Bolsonaro, que abriu espaço para a atuação descontrolada de entidades privadas no sistema de consignações. Essa permissividade teria permitido o crescimento de grupos empresariais que lucravam com empréstimos e contribuições associativas não autorizadas.

As conexões de Domingos Sávio com ex-integrantes do governo Bolsonaro também estão sob apuração. Documentos obtidos pela CPMI indicam que ele manteve relações comerciais com pessoas próximas ao antigo comando do INSS e que participou de eventos e reuniões institucionais ligados à autarquia. A comissão apura se houve uso de influência política para facilitar a celebração de contratos e ampliar o alcance das operações financeiras suspeitas.

O relator afirmou que a CPMI vai aprofundar as investigações sobre as empresas ligadas a Sávio e às associações que intermediavam os descontos, reforçando que o governo atual foi o primeiro a enfrentar o problema, punir os responsáveis e ressarcir as vítimas das fraudes. “Este é o governo que investiga, pune e repara os prejuízos aos aposentados lesados”, destacou Gaspar.

As apurações da CPMI já resultaram em pedidos de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de dezenas de pessoas e empresas. Os parlamentares também estudam encaminhar à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal novas representações para responsabilização dos envolvidos.

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