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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Copa das Confederações: Ex-jogadores aproveitam competição no Brasil para lucrarem fora de campo

Em pé: Zetti, Paulo Sérgio, Alexandre Torres, Aldair e Ricardo Rocha. Agachados: Serginho, Zinho, Emerson, Careca e Djalminha. O time disputou amistoso alusivo ao título Mundial de 1994, mas Alexandre Torres, Serginho, Emerson, Careca e Djalminha sequer foram convocados para a Copa dos Estados Unidos
Em pé: Zetti, Paulo Sérgio, Alexandre Torres, Aldair e Ricardo Rocha. Agachados: Serginho, Zinho, Emerson, Careca e Djalminha. O time disputou amistoso alusivo ao título Mundial de 1994, mas Alexandre Torres, Serginho, Emerson, Careca e Djalminha sequer foram convocados para a Copa dos Estados Unidos Foto: Paulo Nicolella / 16.06.13
Bruno Marinho

Eles já penduraram as chuteiras, mas ainda conseguem disputar uma Copa do Mundo. Mesmo que seja em outros campos. A onda do Mundial no Brasil chegou um ano antes, com a Copa das Confederações, e já mostrou que uma porta lucrativa está se abrindo para quem ainda goza do prestígio acumulado nos gramados. Palestras, jogos festivos, comentários para TVs estrangeiras, recepção para turistas e delegações de fora do país, essas são algumas opções de ex-jogadores para faturarem na carona dos megaeventos.
O primeiro passo é ter deixado boa impressão. O ex-zagueiro Aldair, por exemplo, que atuou durante 13 anos na Roma, foi procurado pela Embaixada italiana sobre a possibilidade de fazerem algo festivo entre ex-jogadores que atuaram na final da Copa de 1994. Ele então ligou para Alexandre Torres e Ricardo Rocha. A dupla ficou responsável pela logística da partida ocorrida em General Severiano, no último dia 17. No fim, ex-atletas italianos como Di Livio, Pagliuca e Dino Baggio, e brasileiros como Zetti, Paulo Sérgio e Zinho duelaram com todas as despesas pagas e um cachê, de valor não revelado, no bolso.
- Aldair e Alexandre Torres me convidaram. Havia autoridades italianas, foi uma festa bonita. É legal participar, é bom porque serve como outra fonte de renda. É um reconhecimento para quem faz parte da história do futebol. Que apareçam outros - disse Zinho, ex-diretor de futebol do Flamengo.
Mas não basta ter currículo. É preciso ser bem relacionado. O ex-zagueiro Alexandre Torres atuou quatro anos no futebol japonês e, graças aos contatos feitos por lá, está como cicerone em uma excursão de diretores de empresas japonesas que vieram ao Brasil para assistir à seleção asiática na Copa das Confederações. Ele tem viajado com o grupo e acompanhado nos estádios os jogos do Japão.
- Eles ficam felizes por estar com um ex-jogador. Acho que temos espaço para todo mundo neste ramo - apostou.
Cachê varia para cada convidado
No mercado que se abre para ex-jogadores, o valor do cachê depende de uma série de variáveis. Ele muda de acordo com o evento, de onde ele será realizado e de qual será o papel do ex-atleta convidado. Mas o ponto principal é o seguinte: cada ex-jogador tem um preço.
- Isso varia muito conforme cada um. Pode ser de R$ 500 e também pode ser de R$ 5 mil. Estou na expectativa de convites. A esperança é de que o mercado cresça - afirmou o ex-atacante Donizete.
Nessas horas, é importante também saber vender seu peixe. Ricardo Rocha, por exemplo, chama a atenção pelo carisma. O ex-zagueiro chegou a ser sondado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para conversar com os jogadores antes das partidas da seleção. Certo mesmo foi uma palestra que deu para uma empresa em Salvador, sábado, no mesmo dia em que o Brasil enfrentou a Itália.
- Estou nisso há muito tempo. Minha palestra é bem humorada, para cima. O mais interessante é que posso falar sobre dois momentos diferentes, o triste, em 1990, e o alegre, em 1994 - disse.
Quem está no meio garante que a procura por palestras já aumentou por causa da Copa das Confederações e que isso deverá crescer mais. Carlos Alberto Torres, capitão campeão do mundo em 1970, tem dado palestras.
Outra opção é atacar de comentarista. O ex-lateral Roberto Carlos, atual técnico do Sivasspor, da Turquia, esteve em Fortaleza na última quarta-feira para comentar a partida entre Brasil e México para o canal mexicano Televisa.
Há ainda a chance de trabalhar na delegação de seleções estrangeiras. O lateral-direito Paulo César, ex-Fluminense, trabalhou como intérprete para os franceses durante a estada em Porto Alegre, para o jogo contra o Brasil, no último dia 9.

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