Rádio Acesa FM VR: Profissionais da Educação e alunos de Volta Redonda vão aderir à greve na próxima quarta-feira (15)

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Profissionais da Educação e alunos de Volta Redonda vão aderir à greve na próxima quarta-feira (15)

Escolas estaduais, municipais, particulares, universidades e estudantes vão parar contra a reforma da previdência e cortes na verbas na educação
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Manifestação de profissionais de educação e alunos em Volta Redonda
No dia 15 de maio, os educadores de todo o Brasil vão parar por 24 horas na Greve Geral da Educação. No Rio de Janeiro, as redes públicas da Educação Básica estadual, a rede municipal do Rio de Janeiro e dezenas de outras redes municipais, universidades e estudantes, assim como escolas da rede privada, também irão aderir ao movimento nacional contra a Reforma da Previdência e os cortes de verbas anunciados pelo governo federal para o setor.

Na parte da manhã os profissionais de educação das escolas públicas realizarão uma série de atividades para esclarecer a população sobre a PEC 06/2019 (Reforma da Previdência) em tramitação no Congresso e, também, os cortes nos investimentos da Educação Superior e Básica, além da luta contra o projeto escola sem partido.

No dia 15, a partir de 15h, haverá uma concentração, na Candelária, para uma grande passeata que partirá em direção à Central do Brasil. A passeata está prevista para ter início às 17h. Em Volta Redonda os manifestantes concentrarão na Vila Santa Cecília, onde farão discursos de conscientização sobre o corte de verbas anunciado pelo o governo na educação e as perdas em que os trabalhadores terão com a reforma da previdência.

Os profissionais das redes estadual e municipais que aderiram à greve nacional promoverão uma distribuição de livros, doados pela categoria, para a população em trânsito na Central do Brasil.

O ato tem como objetivo pedir a derrubada do bloqueio de R$ 37,3 milhões, anunciado pelo MEC (Ministério da Educação) em abril — o presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou o bloqueio 30% dos recursos de custeio de três universidades federais —UnB, UFBA e UFF— por motivos ideológicos fere a Constituição, segundo especialistas.

Inicialmente, o corte de recursos foi anunciado para três universidades federais: UnB (Universidade de Brasília), Ufba e UFF (Universidade Federal Fluminense). As instituições de ensino ficaram entre as 20 melhores universidades do país na última edição do RUF (Ranking Universitário Folha).

Segundo a plataforma de produção acadêmica Web of Science, as três estão entre as 11 instituições brasileiras que mais ampliaram o número de artigos de 2008 a 2017.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, havia indicado que se tratava de uma retaliação a atividades políticas ocorridas dentro dessas unidades, o que ele havia chamado de "balbúrdia", e ao que considerou como fraco rendimento acadêmico.

Posteriormente, o governo federal estendeu o bloqueio de 30% dos recursos a todas as universidades federais. Após a repercussão negativa, o MEC afirmou que o critério do contingenciamento será técnico e isonômico.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, insistiu, em encontro no Senado nesta terça-feira (7), que os bloqueios de orçamento da pasta não são cortes, tanto no ensino superior quanto na educação básica.

Segundo ele, os congelamentos poderão ser revistos. Weintraub criticou programas petistas, defendeu priorização de gastos e justificou cortes na área de humanas.

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Manifestação de profissionais de educação e alunos em Volta Redonda
Os bloqueios no MEC atingiram R$ 7,3 bilhões. Vão da educação infantil à pós-graduação.

Na sua fala inicial, ele se valeu das metas do PNE (Plano Nacional de Educação) para apresentar o cenário educacional no país e defender seus pontos de vista. Apesar de indicações, não apresentou projetos do governo para a área nas quase cinco horas de reunião.

"Não dá para fazer tudo com recurso financeiro finito, então onde a gente vai, como nação, colocar nossos recursos limitados para melhorar nosso desempenho?", questionou ele. "A gente quis pular etapas e colocou muito recurso no telhado", completou, ao mencionar os altos gastos do ensino superior e defender investimentos em creche e ensino técnico.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ironizou o ministro por ele ter dito que não se tratava de corte. "Obrigado pelo sinônimo", disse ele, que, assim como outros parlamentares, cobrou respostas sobre o congelamento. "Há um contrassenso atroz, de tirar de um [lugar] e colocar e outro. Na prática, vão tirar dos dois [da educação básica e da superior]", disse.

Segundo Weintraub, os recursos podem ser retomados caso haja retomada do crescimento econômico. "A [pasta da] Economia impôs esse contingenciamento diante da arrecadação mais fraca e nós obedecemos", diz. "Mas não da para cortar em nada [nas universidades]? O país está todo apertando o cinto".

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