Escolas estaduais, municipais, particulares, universidades e estudantes vão parar contra a reforma da previdência e cortes na verbas na educação
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Na parte da manhã os profissionais de educação das escolas públicas realizarão uma série de atividades para esclarecer a população sobre a PEC 06/2019 (Reforma da Previdência) em tramitação no Congresso e, também, os cortes nos investimentos da Educação Superior e Básica, além da luta contra o projeto escola sem partido.
No dia 15, a partir de 15h, haverá uma concentração, na Candelária, para uma grande passeata que partirá em direção à Central do Brasil. A passeata está prevista para ter início às 17h. Em Volta Redonda os manifestantes concentrarão na Vila Santa Cecília, onde farão discursos de conscientização sobre o corte de verbas anunciado pelo o governo na educação e as perdas em que os trabalhadores terão com a reforma da previdência.
Os profissionais das redes estadual e municipais que aderiram à greve nacional promoverão uma distribuição de livros, doados pela categoria, para a população em trânsito na Central do Brasil.
O ato tem como objetivo pedir a derrubada do bloqueio de R$ 37,3 milhões, anunciado pelo MEC (Ministério da Educação) em abril — o presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou o bloqueio 30% dos recursos de custeio de três universidades federais —UnB, UFBA e UFF— por motivos ideológicos fere a Constituição, segundo especialistas.
Inicialmente, o corte de recursos foi anunciado para três universidades federais: UnB (Universidade de Brasília), Ufba e UFF (Universidade Federal Fluminense). As instituições de ensino ficaram entre as 20 melhores universidades do país na última edição do RUF (Ranking Universitário Folha).
Segundo a plataforma de produção acadêmica Web of Science, as três estão entre as 11 instituições brasileiras que mais ampliaram o número de artigos de 2008 a 2017.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, havia indicado que se tratava de uma retaliação a atividades políticas ocorridas dentro dessas unidades, o que ele havia chamado de "balbúrdia", e ao que considerou como fraco rendimento acadêmico.
Posteriormente, o governo federal estendeu o bloqueio de 30% dos recursos a todas as universidades federais. Após a repercussão negativa, o MEC afirmou que o critério do contingenciamento será técnico e isonômico.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, insistiu, em encontro no Senado nesta terça-feira (7), que os bloqueios de orçamento da pasta não são cortes, tanto no ensino superior quanto na educação básica.Segundo a plataforma de produção acadêmica Web of Science, as três estão entre as 11 instituições brasileiras que mais ampliaram o número de artigos de 2008 a 2017.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, havia indicado que se tratava de uma retaliação a atividades políticas ocorridas dentro dessas unidades, o que ele havia chamado de "balbúrdia", e ao que considerou como fraco rendimento acadêmico.
Posteriormente, o governo federal estendeu o bloqueio de 30% dos recursos a todas as universidades federais. Após a repercussão negativa, o MEC afirmou que o critério do contingenciamento será técnico e isonômico.
Segundo ele, os congelamentos poderão ser revistos. Weintraub criticou programas petistas, defendeu priorização de gastos e justificou cortes na área de humanas.
Manifestação de profissionais de educação e alunos em Volta Redonda |
Na sua fala inicial, ele se valeu das metas do PNE (Plano Nacional de Educação) para apresentar o cenário educacional no país e defender seus pontos de vista. Apesar de indicações, não apresentou projetos do governo para a área nas quase cinco horas de reunião.
"Não dá para fazer tudo com recurso financeiro finito, então onde a gente vai, como nação, colocar nossos recursos limitados para melhorar nosso desempenho?", questionou ele. "A gente quis pular etapas e colocou muito recurso no telhado", completou, ao mencionar os altos gastos do ensino superior e defender investimentos em creche e ensino técnico.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ironizou o ministro por ele ter dito que não se tratava de corte. "Obrigado pelo sinônimo", disse ele, que, assim como outros parlamentares, cobrou respostas sobre o congelamento. "Há um contrassenso atroz, de tirar de um [lugar] e colocar e outro. Na prática, vão tirar dos dois [da educação básica e da superior]", disse.
Segundo Weintraub, os recursos podem ser retomados caso haja retomada do crescimento econômico. "A [pasta da] Economia impôs esse contingenciamento diante da arrecadação mais fraca e nós obedecemos", diz. "Mas não da para cortar em nada [nas universidades]? O país está todo apertando o cinto".
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