Policiais se reúnem na sede da Delegacia de Homicídios da capital antes da operação. (Foto: Marcus Sadok) |
As investigações para prender o grupo criminoso começaram após o assassinato, em março de 2019, do miliciano Sergio Luiz de Oliveira Barbosa, conhecido como “Serginho”, então chefe da milícia que domina a comunidade. A apreensão do seu telefone celular permitiu a identificação dos integrantes da milícia e as atividades por eles monopolizadas em decorrência do emprego da violência e ameaça contra moradores e comerciantes, tais como “taxa de segurança”, transporte ilegal de passageiros, venda irregular de botijões de gás, desvio de sinal de internet e TV a cabo (gatonet), agiotagem e construções irregulares em áreas de proteção ambiental .
Apurou-se que os atuais chefes da milícia no Morro do Tirol são Sidney William de Oliveira e Silvânio de Oliveira Barbosa, irmãos de “Serginho”. As investigações demonstraram que essa milícia é obrigada a repassar parcela do lucro obtido com o as atividades criminosas para o topo da hierarquia da milícia que domina toda a Grande Jacarepaguá, atualmente comandada por Fabiano Vieira da Rocha, o “Fabi”, sucessor do miliciano conhecido como “Orlando Curicica” e atualmente preso na Penitenciária Bandeira Stampa, Almir Rogério Gomes da Silva e o policial militar Anderson Gonçalves de Oliveira, o “Andinho”.
Os mandados de prisão contra o grupo de milicianos foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital, enquanto a Auditoria Militar do Estado do Rio expediu o mandado de prisão contra o policial militar Deltz da Cruz Fonseca por corrupção passiva.
A operação é realizada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
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