Rádio Acesa FM VR: Ex-prefeito de Volta Redonda é conduzido para a PF após ter alta de hospital

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Ex-prefeito de Volta Redonda é conduzido para a PF após ter alta de hospital

Gothardo Netto, ex-prefeito de Volta Redonda, recebeu alta na tarde desta segunda-feira (31) e foi levado para a sede da Polícia Federal na cidade. Ele estava internado no Hospital Hinja, de propriedade dele, desde sexta-feira (28), quando foi preso na ação que investiga corrupção no governo estadual.

A Operação Tris in Idem ("Três do mesmo", em latim) é um desdobramento da ação que afastou o governador Wilson Witzel (PSC) do cargo por irregularidades em contratos de saúde após decisão do Superior Tribunal de Justiça. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o governador tem "participação ativa no conhecimento e comando das contratações com as empresas investigadas".

Na sexta, equipes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal estiveram no condomínio do médico e ex-prefeito de Volta Redonda para cumprir mandados de busca e apreensão. A acusação leva em conta pagamentos feitos por empresas da família de Gothardo Lopes Netto ao escritório da primeira-dama Helena Witzel.

Segundo as investigações, o Hospital Hinja, de propriedade de Gothardo, teria depositado mais de R$ 550 mil nas contas do escritório de advocacia da mulher do governador no período de agosto de 2019 e maio de 2020. De acordo com a Procuradoria da República, os recursos têm relação com lavagem de dinheiro e corrupção.

Depois de ser preso, Gothardo passou mal e precisou ser internado no Hospital Hinja. Em nota, a unidade médica informou que ele teve uma crise hipertensiva. Segundo a Polícia Federal, após receber alta, ele foi levado para a sede da PF nesta segunda-feira (31) e deverá ser transferido para a Casa de Custódia de Volta Redonda na terça (1º).

O hospital disse ainda que "o atendimento continuará seguindo a normalidade" e que "a defesa, nos processos tributários iniciados no ano de 2016, está de posse de todos os documentos que revelam a regularidade de suas operações".

A defesa de Gothardo disse em nota que desconhece as razões e fundamentos legais que motivaram a decisão da decretação da medida prisional e que não possui meios para apresentar maiores esclarecimentos no momento.

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