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Bolsonarista 'abre cabeça' de jovem com paulada em Angra dos Reis

Bolsonarista 'abre cabeça' de jovem com paulada em Angra dos Reis

Uma jovem, de 19 anos, foi agredida com uma paulada na cabeça num bar em Angra dos Reis (RJ), na tarde de sexta-feira (23), após fazer comentários contra o presidente Jair Bolsonaro durante uma conversa com amigas. O grupo foi abordado por um homem de 52anos, que segundo elas aparentava estar embriagado.

De acordo com testemunhas, o agressor discutiu com as jovens e foi expulso do local. Em seguida, retornou com um pedaço de madeira, que usou para golpear a estudante Estefane Laudano, na cabeça. A vitima foi levada para o hospital e recebeu pontos. “Ele segurou meus braços e me deu a paulada na cabeça. Minha visão começou a turvar e caí no chão. Depois senti o sangue escorrendo”, disse Estefane ao Globo. A 166ª Delegacia de Polícia, de Angra dos Reis, está investigando o caso e confirmou Robson como o autor da agressão. O suspeito responderá em liberdade pelo crime de lesão corporal.

Em fotos nas redes sociais, Robson Alvino mostrou apoio à campanha de Bolsonaro. Em uma montagem com sua foto ao lado do presidente, ele comenta: "que seja feita a vontade", em menção à possibilidade de reeleição do candidato do PL. Recentemente, o suspeito deletou imagens que o ligavam ao presidente de seu perfil.

A jovem afirmou estar abalada e com medo de sair de casa após o ocorrido. “Sabia que a eleição ia ser assim, mas nunca pensei que isso fosse acontecer comigo”. O período eleitoral tem sido marcado por casos de violência política. Também na sexta-feira (23), um homem deu tiros para o alto e ameaçou cabos eleitorais que faziam campanha para candidatos do PT em Montes Claros (MG), segundo o jornal Folha de S.Paulo.

Uma pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pela Raps (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou em 15 de setembro que 67,5% dos brasileiros disseram ter medo de ser agredidos fisicamente por causa de opções políticas.

Num mesmo fim de semana, de 10 de setembro, o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), e o candidato a deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), afirmaram ter sido ameaçados por bolsonaristas durante suas respectivas agendas de campanha. Na noite de 7 de setembro, um apoiador do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi morto por um apoiador de Bolsonaro no interior de Mato Grosso após uma discussão política no ambiente de trabalho. Dois meses antes, um militante petista foi morto a tiros em Foz do Iguaçu, no Paraná, durante sua festa de aniversário – decorada com imagens de Lula –, também por um bolsonarista.

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