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Segurança do PMMA é atestado pelo Ministério da Saúde

Segurança do PMMA é atestado pelo Ministério da Saúde

Através de Nota Técnica, o órgão diz que desde regulamentação do uso do PMMA no Sistema Único de Saúde, não foram registradas complicações graves em decorrência destes procedimentos
Segurança do PMMA é atestado pelo Ministério da Saúde
Segurança do PMMA é atestado pelo Ministério da Saúde / Foto: divulgação
O Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente - Divisão de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, confirmou a segurança do polimetilmetacrilato (PMMA) empregado em preenchimentos reparadores. Além disso, ressaltou que "efeitos colaterais severos são extremamente raros". A afirmação consta na Nota Técnica no 37/2024, que foi divulgada em 13 de novembro de 2024.

A Nota Técnica n.º 37/2024 menciona que, desde a aprovação do uso do PMMA no Sistema Único de Saúde (SUS), não houve relatos de complicações graves associadas a esses procedimentos, desde que realizados de acordo com as orientações técnicas. Além disso, destaca que "em uma única unidade no Estado de São Paulo, foram executados mais de 4.500 procedimentos desde 2010, sem que fossem registrados casos de complicações sérias".

A Nota Técnica ainda destacou que uma publicação científica recente revisou as taxas de complicações do uso de PMMA, com cinco estudos combinados acompanhando 1.643 pacientes e determinando que a incidência de granulomas era de “apenas 1,43%”. Complicações de longo prazo, como inchaço persistente e presença de grânulos palpáveis, foram relatadas, mas em taxas ainda mais baixas, com uma alta taxa de satisfação de 89,9%.

Menor taxa de complicações em comparação com outros bioestimuladores

Em relação à segurança do PMMA, a publicação explica que diverso estudos científicos demonstraram que as taxas de complicações a longo prazo associadas ao uso de PMMA são menores do que aquelas associadas ao uso de outros bioestimulantes. “Uma revisão sistemática que incluiu estudos de preenchimentos diferentes do ácido hialurônico chamou a atenção para a segurança do PMMA, mas alertou que ele deve ser usado em pequenas quantidades e por profissionais qualificados.”

Segundo a Nota Técnica, entre as evidências científicas está também uma revisão sistemática que inclui 76 estudos sobre o uso em PVHA (Pessoas Vivendo com HIV/AIDS) de preenchedores dérmicos tanto de tipo temporários como permanentes, para a face aprovados pela US Food and Drugs Administration (FDA), agência regulatória dos EUA. Desses, seis dos estudos foram observacionais e avaliaram o uso de PMMA em 270 pacientes que foram incluídos na análise de eficácia e segurança, nos quais os resultados obtidos mostraram uma melhora significativa da qualidade de vida, sem efeitos adversos em 2 anos e grau de satisfação entre 85% e 90% após 1 ano e 5 anos, respectivamente. "Os efeitos adversos relatados foram leves: dor, desconforto equimoses, edemas e eritemas, localizados nas áreas de aplicação do produto e resolução em até 30 dias. Comparado com os outros preenchedores, não houve diferença na frequência de efeitos adversos com o uso de PMMA", apontou a Nota Técnica.

Conforme a Nota Técnica n.º 37/2024, o PMMA é um material usado para preenchimento de tecidos moles que gera resultados imediatos e sustentáveis por longos períodos, mantendo sua estabilidade por várias décadas após a aplicação. Seu uso é "permitido para a correção de volume na face e no corpo". A Nota Técnica enfatiza que a determinação de "sua indicação e utilização" deve ser feita por médicos qualificados, de acordo com a Nota de Esclarecimento divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em julho de 2022.

De acordo com a Nota Técnica, o PMMA é utilizado em procedimentos reparadores com o objetivo de restaurar a aparência física, melhorar a autoestima, contribuir com a reintegração social e a adesão à TARV (terapia antirretroviral). "Diversos estudos têm demonstrado impacto do preenchimento facial com PMMA na aparência e na qualidade de vida das PVHA".

PMMA é seguro para todos os pacientes

O polimetilmetacrilato (PMMA) é uma substância utilizada na medicina desde a década de 1960, com aplicações em neurocirurgias, cranioplastias, cirurgias torácicas, dentre outras. Atualmente, na área estética, ele é reconhecido por suas propriedades seguras e eficazes para preenchimentos e correções volumétricas, sendo amplamente aprovado por órgãos como a Anvisa e o Federal Drug Administration (FDA), agência regulatória dos EUA.

Diferente do que se tem propagado na mídia, evidências clínicas e estudos documentados atestam a segurança do procedimento.

Um deles, publicado no Jornal de Cirurgia Estética da Universidade de Oxford, revisou 52 estudos publicados entre 1969 e 2015. Entre os 7.834 pacientes analisados, técnicas como aplicação de ácido hialurônico, implante, retalhos locais e lipoenxertia apresentaram, respectivamente, índices de complicações de 39%, 30,5%, 22% e 10,5%.

Um levantamento do FDA que analisou 3.872 efeitos adversos em procedimentos de preenchimento registrados entre junho de 1993 e agosto de 2014, apontou um índice de complicações menor do que 1% na aplicação do PMMA, contra 44% do ácido hialurônico, 40% do ácido poli-L-lático e 15% de hidroxiapatita de cálcio.

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