Por meio da campanha Fenae com Elas, entidade apoia e promove ações em defesa dos direitos das mulheres e combate à violência de gênero
Dados do Anuário da Segurança, divulgados na semana passada pelo Fórum Brasileiro de Segurança (FBSP), revelam o agravamento de um problema social: a violência contra a mulher. Em 2024, o Brasil teve 1.492 feminicídios, maior número desde 2015, quando esse crime passou a ser tipificado como violência de gênero. Houve também uma alta de 1% em relação a 2023.
Para chamar atenção sobre o combate a violência contra a mulher, governo e movimentos sociais passaram a realizar, a partir de 2022, ações de conscientização em todo o país. A campanha foi denominada “Agosto Lilás”.
A escolha do mês não foi por acaso. Em 7 de agosto de 2006 foi sancionada a Lei Maria da Penha, um marco na legislação de combate à violência contra a mulher no Brasil, estabelecendo maior punição para os agressores e medidas protetivas para as mulheres em situação de violência.
“Precisamos reafirmar todos os dias que esse é um problema de todos nós. Não podemos admitir que mulheres sejam mortas por serem mulheres, ou que tenham sua vida limitada pela insegurança, que não possam exercer sua cidadania, ou não tenham seus direitos respeitos em casa, no trabalho, enfim em qualquer lugar”, pontua Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae).
Foi com a disposição de levar a problemática para o movimento associativo e contribuir para o debate e conscientização entre os empregados e aposentados da Caixa, que a Fenae aderiu, em novembro de 2024, a campanha Feminicídio Zero, com assinatura de carta-compromisso com a articulação nacional do Ministério das Mulheres.
A Fenae lançou também a campanha Fenae com Elas, para incluir nos projetos sociais desenvolvidos pela Federação e Apcefs em parceria com a ONG Moradia e Cidadania, ações para promover o empoderamento feminino e a prevenção da violência. Todos os projetos selecionados no edital 004 passaram a ter um eixo transversal voltado à equidade de gênero.
Além disso, nove iniciativas foram desenvolvidas exclusivamente para o empoderamento de mulheres e meninas nos estados do Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rondônia, São Paulo e Sergipe.
“Toda a sociedade precisa entender que proteger a vida das mulheres é um dever coletivo, que vai além de simplesmente ligar para polícia após o crime. A Fenae tem um compromisso moral com a implementação de medidas que combatam o ódio contra as mulheres e os impactos devastadores que ele gera na sociedade brasileira”, enfatiza a diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber.
Outros dados
A maior parte das vítimas de feminicídio em 2024 era mulher negra (64% das vítimas), tinha 18 e 44 anos (70%), foi assassinada dentro de casa (64%), por um homem (97%), pelo companheiro ou ex-companheiro (80%), e foi morta por uma arma branca (48%), como uma faca, por exemplo.
Ainda, segundo o Anuário da Segurança, 121 das mulheres mortas em 2023 e 2024 estavam sob medida protetiva no momento do assassinato. No ano passado, cerca de 100 mil dessas ordens foram descumpridas, de acordo com o levantamento.
O estudo mostra que uma pessoa foi estuprada a cada 6 minutos no Brasil em 2024: foram 87.545 vítimas de estupros ou estupros de vulnerável.
Para chamar atenção sobre o combate a violência contra a mulher, governo e movimentos sociais passaram a realizar, a partir de 2022, ações de conscientização em todo o país. A campanha foi denominada “Agosto Lilás”.
A escolha do mês não foi por acaso. Em 7 de agosto de 2006 foi sancionada a Lei Maria da Penha, um marco na legislação de combate à violência contra a mulher no Brasil, estabelecendo maior punição para os agressores e medidas protetivas para as mulheres em situação de violência.
“Precisamos reafirmar todos os dias que esse é um problema de todos nós. Não podemos admitir que mulheres sejam mortas por serem mulheres, ou que tenham sua vida limitada pela insegurança, que não possam exercer sua cidadania, ou não tenham seus direitos respeitos em casa, no trabalho, enfim em qualquer lugar”, pontua Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae).
Foi com a disposição de levar a problemática para o movimento associativo e contribuir para o debate e conscientização entre os empregados e aposentados da Caixa, que a Fenae aderiu, em novembro de 2024, a campanha Feminicídio Zero, com assinatura de carta-compromisso com a articulação nacional do Ministério das Mulheres.
A Fenae lançou também a campanha Fenae com Elas, para incluir nos projetos sociais desenvolvidos pela Federação e Apcefs em parceria com a ONG Moradia e Cidadania, ações para promover o empoderamento feminino e a prevenção da violência. Todos os projetos selecionados no edital 004 passaram a ter um eixo transversal voltado à equidade de gênero.
Além disso, nove iniciativas foram desenvolvidas exclusivamente para o empoderamento de mulheres e meninas nos estados do Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rondônia, São Paulo e Sergipe.
“Toda a sociedade precisa entender que proteger a vida das mulheres é um dever coletivo, que vai além de simplesmente ligar para polícia após o crime. A Fenae tem um compromisso moral com a implementação de medidas que combatam o ódio contra as mulheres e os impactos devastadores que ele gera na sociedade brasileira”, enfatiza a diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber.
Outros dados
A maior parte das vítimas de feminicídio em 2024 era mulher negra (64% das vítimas), tinha 18 e 44 anos (70%), foi assassinada dentro de casa (64%), por um homem (97%), pelo companheiro ou ex-companheiro (80%), e foi morta por uma arma branca (48%), como uma faca, por exemplo.
Ainda, segundo o Anuário da Segurança, 121 das mulheres mortas em 2023 e 2024 estavam sob medida protetiva no momento do assassinato. No ano passado, cerca de 100 mil dessas ordens foram descumpridas, de acordo com o levantamento.
O estudo mostra que uma pessoa foi estuprada a cada 6 minutos no Brasil em 2024: foram 87.545 vítimas de estupros ou estupros de vulnerável.
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