Levantamento inédito aponta que quase US$ 500 milhões em produtos regionais estão totalmente expostos à nova política comercial, com alto risco para setores específicos como o de aço e produtos químicos
Cerca de 59% de tudo o que a Região Metropolitana de Campinas (RMC) exporta para os Estados Unidos, seu segundo principal parceiro comercial, está sob ameaça direta da nova tarifa de 50% imposta pelo governo americano. O alerta vem de um estudo inédito divulgado pelo Observatório PUC-Campinas, que analisou o impacto da medida sobre a economia regional. O levantamento revela que, do total de US$ 837 milhões de dólares exportados para os EUA entre agosto de 2024 e julho de 2025, um montante de US$ 493,9 milhões corresponde a produtos que não possuem qualquer tipo de isenção e, portanto, serão integralmente afetados pela nova taxação.
A análise detalhada dos dados mostra que as exceções previstas na nova política comercial não beneficiam a indústria da região. Apenas 33% das exportações (US$ 277,4 milhões) estão associadas a produtos que podem estar isentos, mas esses benefícios se concentram exclusivamente em produtos do setor aeronáutico. Outros 85,83 milhões de dólares, ou 10,25% do total, referem-se a produtos que podem estar isentos, mesmo que não sejam direcionados ao setor aeronáutico.
Indústrias mais afetadas
O que mais preocupa, segundo o estudo, é a alta dependência de determinados setores em relação ao mercado norte-americano, que agora enfrentam um cenário de grande incerteza. Pneus recauchutados destinaram quase 82% de suas exportações aos EUA, motores e geradores elétricos 24% e outros grupos sem isenção apresentaram itens críticos: partes de máquinas com 40%, amidos e féculas com 41%, ácidos policarboxílicos com 50% e, sobretudo, aço inoxidável, em que 71% das exportações dependem do mercado norte-americano.
De acordo com o Prof. Dr. Paulo Ricardo da Silva Oliveira, responsável pelo estudo, “Embora a lista de exceções inclua setores relevantes, sua capacidade de mitigar os impactos é limitada e insuficiente diante da magnitude da exposição. A pauta exportadora da RMC revela forte vulnerabilidade, tanto pela concentração de valor em produtos sujeitos integralmente à tarifa quanto pela dependência estrutural de setores altamente especializados nos Estados Unidos, o que amplia os riscos de impactos importantes para setores específicos”, disse.
A conclusão do Observatório é que a pauta exportadora da RMC revela uma forte fragilidade diante da nova política americana, ampliando os riscos de impactos importantes para segmentos específicos e estratégicos da economia regional. O estudo completo, com a análise detalhada por setor, está disponível para consulta neste link.
A análise detalhada dos dados mostra que as exceções previstas na nova política comercial não beneficiam a indústria da região. Apenas 33% das exportações (US$ 277,4 milhões) estão associadas a produtos que podem estar isentos, mas esses benefícios se concentram exclusivamente em produtos do setor aeronáutico. Outros 85,83 milhões de dólares, ou 10,25% do total, referem-se a produtos que podem estar isentos, mesmo que não sejam direcionados ao setor aeronáutico.
Indústrias mais afetadas
O que mais preocupa, segundo o estudo, é a alta dependência de determinados setores em relação ao mercado norte-americano, que agora enfrentam um cenário de grande incerteza. Pneus recauchutados destinaram quase 82% de suas exportações aos EUA, motores e geradores elétricos 24% e outros grupos sem isenção apresentaram itens críticos: partes de máquinas com 40%, amidos e féculas com 41%, ácidos policarboxílicos com 50% e, sobretudo, aço inoxidável, em que 71% das exportações dependem do mercado norte-americano.
De acordo com o Prof. Dr. Paulo Ricardo da Silva Oliveira, responsável pelo estudo, “Embora a lista de exceções inclua setores relevantes, sua capacidade de mitigar os impactos é limitada e insuficiente diante da magnitude da exposição. A pauta exportadora da RMC revela forte vulnerabilidade, tanto pela concentração de valor em produtos sujeitos integralmente à tarifa quanto pela dependência estrutural de setores altamente especializados nos Estados Unidos, o que amplia os riscos de impactos importantes para setores específicos”, disse.
A conclusão do Observatório é que a pauta exportadora da RMC revela uma forte fragilidade diante da nova política americana, ampliando os riscos de impactos importantes para segmentos específicos e estratégicos da economia regional. O estudo completo, com a análise detalhada por setor, está disponível para consulta neste link.
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