Durante audiência, volta do equipamento dividiu opiniões. Denatran questionou eficácia do extintor, enquanto associação alertou para as vidas que foram salvas pelo seu uso obrigatório
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Após a audiência que discutiu nesta quarta-feira (27) a proposta que inclui entre os equipamentos obrigatórios dos veículos o extintor de incêndio, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deve colocar em pauta a proposta (PL 3404/15) na próxima semana.
O presidente da comissão, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), se comprometeu a colocar em votação o projeto, uma vez que o impasse em torno da proposta deveria ser superado após a audiência
Representantes da indústria automobilística, de extintores de incêndio, e dos órgãos regulatórios compareceram à CCJ para defender os dois lados da questão.
Como foi uma resolução que pôs fim à obrigatoriedade, o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Elmer Vicenzi, explicou que a eficácia dos extintores foi questionada e seu custo para o consumidor não justifica o benefício de torná-lo obrigatório
"Os carros de hoje não são os mesmos carros de antigamente não são os carros de 2000 não são os carros de 2005 os carros mudaram o material empregado nos carros mudaram E com isso a capacidade de flamabilidade também diminuiu mais do que pela metade o vazamento de combustível, ele é medido inclusive pelo crash test e se houver um desvio o carro não é aprovado então a tecnologia veio contribuir muito para a questão uma adequação do equipamento veicular para proteção à Vida."
Porém, o autor da proposta, deputado Moses Rodrigues (PMDB-CE), disse que mesmo os carros mais modernos, que apresentam menor risco, também não são garantia de segurança porque a situação do Brasil não é a mesma.
"Embora a gente não possa quantificar não é no número de acidentes Quantos são utilizados extintores ou não mas pelas próprias imagens apresentadas aqui a gente viu imagens de pessoas que foram resgatados com vida por causa do extintor e de pessoas que não foram resgatados Ou seja, que faleceram e que não tinha nenhum veículo perto que tivesse me dito que pudesse ajudar aquela pessoa que estava presa na ferragem e que não conseguiu ser retirada a tempo do carro do fogo tomar conta totalmente do carro então"
Para o representante dos fabricantes de extintores, Cláudio Sachs, o item deveria ser obrigatório porque as condições de veículos, estradas e socorro no Brasil não são as melhores, e além disso a decisão foi tomada sem levar em conta seu setor na indústria.
"De um dia para o outro que se mudou essa lei em que todos estavam trabalhando para atender o mercado fortemente, houve uma queda completa, houve um desemprego de 40 mil pessoas, uma perda de arrecadação de 280 milhões por ano com toda a recessão que existia no Brasil, e então entendemos que foi uma perda geral independente da perda da vida sob o ponto vista econômico, sob o ponto de vista do Brasil"
A proposta que torna novamente obrigatórios os extintores de incêndio em carros deve ser votada na próxima semana.
Reportagem - Marcello Larcher
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