Foto: Agência Brasil |
Um cadastro da prefeitura, feito no dia 10 de março, aponta que cerca de 400 pessoas sem-teto ocupavam o prédio. O acidente deixou várias famílias desalojadas e os bombeiros ainda buscam por desaparecidos.
A previsão dos bombeiros é de que os trabalhos durem pelo menos uma semana. As famílias desabrigadas estão sendo levadas para um albergue, mas um grupo protesta e está acampado próximo ao local, em frente à igreja Nossa Senhora dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu. Os desalojados se recusam a ir para abrigos, já que não se consideram moradores de rua.
O desabamento destruiu 80% da estrutura da Igreja Evangélica Luterana, que tem mais de 100 anos e fica ao lado do local da tragédia. Outros três edifícios da região tiveram que ser desocupados por risco de novos desmoronamentos. O prédio que desabou é de 1968, pertence ao governo federal, mas estava cedido à prefeitura de São Paulo.
Segundo o Ministério do Planejamento, a edificação abrigaria as novas instalações da Secretaria de Educação e Cultura de São Paulo. Responsável por administrar o patrimônio da União, a pasta informou, em nota, que a construção não estava incluída na programação de venda de imóveis da União por causa do processo de cessão.
De acordo com o comunicado, a construção estava ocupada irregularmente ao ser cedida provisoriamente à prefeitura da capital paulista em 2017. Tanto a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) do Ministério do Planejamento como a Secretaria de Habitação da Prefeitura de São Paulo estavam negociando a desocupação e cadastrando os moradores.
A prefeitura anunciou que a Defesa Civil fará vistorias nos 70 prédios ocupados por movimentos de habitação da capital. Apenas na região do desmoronamento, outros oito prédios estão ocupados por famílias sem teto.
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