Rádio Acesa FM VR: Jovens atiradores usaram revólver e arma medieval em ataque a escola de Suzano, SP

quinta-feira, 14 de março de 2019

Jovens atiradores usaram revólver e arma medieval em ataque a escola de Suzano, SP

Comandante-geral da Polícia Militar disse ainda que os estudantes atacados estavam na hora do recreio
O comandante-geral da Polícia Militar, Marcelo Salles, informou que os dois adolescentes autores dos tiros na Escola Estadual Raul Brasil na manhã desta quarta-feira (13) usaram um revólver calibre 38 e uma arma medieval semelhante a um arco e flecha.

Segundo os policiais, os atiradores atacaram, inicialmente, um lava-jato que estava ao lado do colégio e depois entraram na escola atirando na coordenadora pedagógica, num funcionário e nos estudantes.

Salles disse ainda que os estudantes atacados estavam na hora do recreio. De acordo com ele, os atiradores se suicidaram em um dos corredores da escola. Segundo o policial, havia artefatos explosivos dentro do colégio, por isso a área foi isolada.

Na parte externa do colégio, o governador de São Paulo, João Doria, disse ter visto as cenas mais tristes da sua vida. Ele cancelou a agenda e seguiu para o local com autoridades de segurança pública e da área de educação do estado.

O crime ocorreu por volta das 9h30. Segundo informações da Polícia Militar, dois adolescentes armados e encapuzados invadiram o local e efetuaram disparos contra os alunos.

Dez pessoas morreram no ataque a tiros dentro da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, região metropolitana de São Paulo.

No vídeo, aparecem corpos caídos pelo chão e uma grande quantidade de sangue.

'Achei que fosse bombinha', diz aluna que estava em escola atacada


"Estava saindo do banheiro quando ouvi um barulho de explosão, mas achei que fossem os meninos brincando de atirar bombinha. Eles sempre fazem isso. Mas ouvi outras dez, quinze explosões e então percebi que eram tiros", conta Maria Paula Guimarães de Lima, de 16 anos, que estuda e estava na escola estadual Raul Brasil, em Suzano (SP).

Segundo a estudante, antes de ir ao banheiro, ela tinha ido à secretaria da escola, onde os atiradores começaram a atirar. "Quando percebi que eram tiros de verdade e ouvi os professores gritando, voltei para o banheiro para me proteger. Havia umas dez pessoas se escondendo comigo, nós ficamos rezamos, pedindo para viver", conta a estudante.

Ela diz acreditar que ficou entre 30 e 40 minutos dentro do banheiro e só saiu do esconderijo minutos após os tiros cessarem. "A gente não sabia o que estava acontecendo. Eu peguei meu celular e liguei pra polícia e só saí de lá quando senti que não havia mais perigo", conta.

Maria Paula diz que a escola tinha algumas brigas entre alunos, mas "nada sério" e que tenha chegado à direção. "Eu estudo aqui há dois anos, nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Eu gosto da minha escola, dos meus amigos, nunca pensei que alguém pudesse querer nos machucar", contou a jovem, que estava do lado de fora da unidade de ensino, acompanhada da mãe.

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