Rádio Acesa FM VR: No Rio, mais de 12 mil pessoas esperam por cirurgia no Into; unidade foi vistoriada pela DPU

quarta-feira, 27 de março de 2019

No Rio, mais de 12 mil pessoas esperam por cirurgia no Into; unidade foi vistoriada pela DPU

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), que fica na zona portuária do Rio de Janeiro e atende a pacientes de todo o Brasil, está com 12,5 mil pessoas em sua lista de espera para cirurgias. A informação é da Defensoria Pública da União (DPU), que fez vistoria na unidade nessa segunda-feira (25).

Segundo o defensor público Daniel Macedo, que participou da fiscalização, o Into está totalmente desabastecido de órteses e próteses, e as cirurgias estão suspensas desde dezembro. Ele afirmou ainda que, em média, os pacientes aguardam até 10 anos para realizar o procedimento.

Macedo também lembrou que, em 2014, o Into assinou acordo com a DPU para reduzir a fila de espera por cirurgias, quando foi estabelecido que o instituto deveria realizar mais de 10 mil procedimentos por ano, o que não vem ocorrendo. Em 2018, por exemplo, pouco mais de 7 mil cirurgias foram realizadas.

Agora, a Defensoria Pública da União vai aguardar relatório do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio e do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde, para encaminhar petição à Justiça relativa ao descumprimento do acordo firmado em 2014.

O objetivo é requerer medidas para que o Into seja reabastecido e volte a realizar cirurgias imediatamente. Também não está descartado o pedido de multa para a União e para a Secretaria Nacional de Atenção à Saúde.

Além disso, uma recomendação deverá ser enviada ao Ministério da Saúde, para que sejam tomadas providências efetivas para resolver as crises enfrentadas pelo hospital.

Em nota, o Into explicou que o desabastecimento de órteses, próteses e materiais especiais na unidade de saúde é causado pela falta de empresas interessadas em participar das concorrências de compra; pela suspensão de processos licitatórios pelos órgãos de controle e pela falta de empresas no mercado nacional.

O Into informou ainda que já apresentou aos órgãos competentes um panorama das dificuldades enfrentadas e as medidas que estão sendo adotadas para resolvê-las.

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