Família é presa vendendo goiaba em Barra Mansa, RJ

Um homem foi detido por fiscais e agentes da Guarda Municipal após ser flagrado vendendo goiaba em um carrinho de mão no centro de Barra Mansa, RJ. O caso revoltou a população e repercutiu na redes sociais. Em um vídeo divulgado, o rapaz aparece deitado no asfalto sendo algemado.

O jovem está desempregado e disse que a única forma de conseguir ganhar dinheiro para se manter e ajudar em casa era a venda das frutas na rua.

O caso comoveu a mãe e a irmã do rapaz que foram presas por tentarem pegar as goiabas de volta de dentro da viatura.

Na tentativa da liberação do filho, as duas foram até a delegacia entregar as frutas, porém forma presas. Elas foram conduzidas ao sistema prisional de Volta Redonda, onde tiveram a prisão revogada após a defesa entrar com pedido de soltura em uma audiência de custódia.

O advogado que defendeu as mulheres, Paulo César Alves, disse que o caso está sendo acompanhado de perto por ele e afirmou que: "a soltura é a primeira vitória".

A Guarda Municipal disse que as mulheres cometeram o crime de roubo da própria da goiaba, já que o produto estava apreendido.

A história tem duas versões. A da Guarda Municipal é que a família estava vendendo as goiabas em uma área irregular. O jovem, de 20 anos, teria desacatado os agentes enquanto a mercadoria era apreendida. A família conta uma história diferente. Segundo o advogado, os agentes da Guarda Municipal teriam agido de forma “truculenta”.

Toda essa cena foi filmada por uma pessoa que passava pelo local. As imagens mostram o vendedor no chão, sendo imobilizado por um agente.

Em nota, a Guarda Municipal explicou que a ação foi uma iniciativa do setor de Fiscalização de Posturas do município, e justificou a abordagem explicando que o rapaz fez ameaças aos agentes. “A prefeitura tem áreas demarcadas para o comércio de determinadas mercadorias e essas pessoas, além de não estarem cadastradas para tal atividade, ainda desrespeitaram uma ordem legal das autoridades competentes, com afrontas aos fiscais e até graves ameaças, com o uso de arma branca (faca)”.