Menos de 15% do esgoto é tratado no município e o restante é lançado diretamente nos rios Piraí, Cachimbal e Pau D’alho, afluentes do Rio Paraíba do Sul
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Além disso, deverá ser elaborado também projeto de construção de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Sanitário com capacidade para tratamento de todo o esgoto gerado na cidade, no padrão de eficiência legalmente estabelecido. A ETE deverá ser localizada fora da faixa marginal de proteção dos corpos hídricos e sua construção deverá ocorrer em prazo não superior a 18 meses do licenciamento ambiental. Ao mesmo tempo, deverá ser construídas as redes coletoras de esgoto sanitário, promovendo a sua ligação aos imóveis públicos e privados existentes em seu território, concomitantemente à construção da Estação de Tratamento, devendo a obra ser concluída em 24 meses.
Inquérito civil público
Desde 2011, tramita no MPF inquérito civil público por conta da ausência de rede separadora absoluta no município de Piraí. A rede coletora de águas pluviais é a mesma que coleta efluentes sanitários, que são lançados nos rios Piraí, Cachimbal e Pau D’alho, afluentes do Rio Paraíba do Sul. Em 2012, a Prefeitura informou que apenas 23,6% do esgoto era tratado, porém, esse percentual não passa de 14%, conforme dados da Cedae.
“A falta de um efetivo serviço de saneamento básico no Município de Piraí/RJ impõe medidas eficazes para implantar sistema de tratamento de esgoto, sobretudo em razão dos riscos sérios de exposição a doenças e com possíveis impactos graves ao meio ambiente. Não se pode tolerar o lançamento, sem prévio tratamento, de 86% de todo o esgoto coletado no Município de Piraí”, alerta o procurador da República Jairo da Silva, autor da ação.
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