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Vereador Raoni fala a Rádio Acesa sobre ações do poder público em Volta Redonda |
O vereador Raoni Ferreira falou na manhã deste sábado, dia 15, a Rádio Acesa FM sobre as ações poder executivo em serviços de transporte coletivo.
Durante o Programa Entre Nós, apresentado por Adriano Martins, o parlamentar explicou como tem atuado para que os serviços sejam no mínimo realizado como manda o Estatuto do Município.
(Adriano) Vereador, uma honra estar começando esse papo com o senhor para falar um pouquinho da nossa cidade, um pouquinho do seu mandato, da sua própria pessoa, e das suas projeções.
Muito bom dia, vereador Raone, tudo bem?
— Bom dia, querido, obrigado aí pelo convite. Um abraço pra todos!
Vereador, qual é o 'golpe de vista' que o senhor tem hoje sobre a cidade de Volta Redonda?
— Amigo, Volta Redonda é uma cidade que desenvolveu muito nos últimos anos, mas que a mobilidade urbana não tem acompanhado esse crescimento A gente tem enfrentado aí um momento de intensos problemas no transporte coletivo Um agravamento do problema da mobilidade E Volta Redonda precisa ser colocada no lugar que de fato é dela A maior cidade do sul fluminense, a cidade mais desenvolvida aqui da nossa região e, portanto, a mobilidade, ela precisa acompanhar o progresso da nossa cidade. Então a gente tem enfrentado aí muitos problemas. E não é só transporte coletivo, calçadas, outros modais, cicloviário.
Ontem (sexta-feira 14) a gente descobriu aí a retirada de recursos da construção de ciclovia por parte do prefeito. Então a gente precisa pensar na cidade em que o cidadão pode ir de um ponto ao outro, o direito de ir e vir, o direito à cidade, é um direito constitucional, está no Estatuto da Cidade, está na nossa Constituição e a gente precisa tratar Volta Redonda com mais respeito nesse ponto.
(Adriano) O que está acontecendo com a cidade que não consegue resolver esse problema?
— Amigo, a cidade não é a mesma para todas as pessoas. É uma diferença muito grande entre o prefeito que mora no bairro Laranjal, que anda de carro, e do morador da periferia que mora lá no bairro Três Poços, por exemplo, que mora lá no complexo Vila Brasília, que precisa ser deslocar da sua casa utilizando transporte coletivo para chegar no seu local de trabalho.
Eu fui fazer uma fiscalização do transporte coletivo uma vez no bairro Belo Horizonte, a gente saiu de lá do ponto final, lá de cima, após duas horas e cinco minutos de espera desde o momento que a gente chegou lá para poder sair de ônibus e chegar no bairro Aterrado. O prefeito demora dez minutos de carro para chegar ao seu local de trabalho. Então a cidade não é a mesma para todas as pessoas.
O cidadão que mora na periferia não tem direito de ir à cidade como o prefeito tem, ou como o empresário tem, ou como alguém que mora nos centros urbanos, infelizmente, a população tem sido distanciada do seu direito de ir e vir e, quando a gente não tiver um projeto de mobilidade para a cidade, um pensamento de que a gente precisa descentralizar a mobilidade urbana, a gente não vai avançar. Então eu sinto e luto muito por isso. Eu acho que o direito da cidade é uma das pautas principais do nosso mandato. Eu quero muito ver uma Volta Redonda, onde as pessoas podem ir trabalhar, podem se divertir, podem estudar, podem visitar seus amigos, seus parentes sem ter maiores transtornos. É uma cidade muito desenvolvida, a gente tem aí 270 mil habitantes, mas a gente não tem uma cidade que essas pessoas conseguem se locomover isso é muito grave.
(Adriano) Existe forma de o transporte em massa ser qualificado com o avanço da cidade em numero de habitantes como o de carro que trafegam pela cidade?
Amigo, ninguém quer andar de ônibus em Volta Redonda. Alguém que fala assim: ah, eu gosto de andar de ônibus em Volta Redonda! Isso é ilusão, porque o transporte foi tão sucateado nos últimos anos que já tivemos quase 400 veículos rodando no município num prazo de 20 anos, hoje temos pouco mais de 130. Então assim, o transporte diminuiu em dois terços, a gente não tem qualidade na prestação de serviços, as empresas prestam péssimos serviços.
A aviação Pinheiral, por exemplo, toda a sua frota é reprovada no sistema de verificação da prefeitura, ou seja, elas não têm segurança e nem condições de operacionalizar as suas linhas, acaba sendo um monopólio em cima da aviação Elite que é a viação que mais tem linhas no município e da qual o prefeito sempre se vangloria na rádio por ser amigo dos empresários da empresa. Então a gente tem um problema gravíssimo no transporte que não é só na qualidade, mas também de uma entrega por parte do poder público das linhas. De um silenciamento diante dessas irregularidades.
A gente está com uma ação na justiça, na verdade temos três ações em público. Uma das ações é sobre o valor da passagem do transporte. Em primeiro momento, a vereadora do meu partido, Gisele Kingler entrou com um processo, que foi negado, esse pedido para que o reajuste não acontecesse, mas nós enfrentamos outra ação na justiça utilizando outros argumentos que no nosso entendimento são argumentos que podem dificultar a vida dos empresários de ônibus e melhorar a vida da população e diminuir o preço da passagem porque as empresas não apresentaram nem a SMTU, na pessoa do Paulo Barenco, o termo de compromisso previsto na lei orgânica municipal, a lei orgânica do município, que é a maior lei da cidade, que seria tipo a nossa constituição. E lá determina que é preciso a apresentação de um termo de compromisso por parte das empresas que são permissionárias do serviço de transporte coletivo, no aumento da tarifa que é preciso assinar um termo de compromisso desse documento que não está disponível, não está acessível, na verdade ele não existe, a realidade é essa então o aumento da passagem é inválido segundo os padrões da nossa própria legislação. Agente entrou com uma ação na justiça pedindo o cancelamento do aumento da passagem de forma definitiva e estamos aguardando a resposta. O pedido foi para a primeira vara e a gente espera a resposta do juiz o mais breve possível.
Nós temos mais duas ações também na justiça. A primeira,
nós entramos já no ano passado com relação, sem entender o quanto o transporte
coletivo está mal condicionado com o serviço público. A prefeitura de Volta
Redonda lá no ano passado fez um acordo com a empresa Sul Fluminense para a
entrega de um terreno, a troca de um terreno, uma garagem que ficava no bairro
Retiro, que hoje era a garagem da antiga que fica ali do lado da ilha São João.
Ali tem um terreno que vocês já devem ter visto, passando por ali onde ficava a
garagem da antiga empresa Sul Fluminense. Aquele terreno é um terreno público.
Ele não deveria ter sido entregue à empresa Sul Fluminense em contrapartida, o
acordo na justiça é a entrega de uma garagem que fica no bairro Retiro, no
entanto, a prefeitura de Volta Redonda nunca utilizou os dois espaços. A
garagem que deveria ter sido entregue ao poder público, sempre continuou sendo
utilizada pela empresa e, quando faliu o Sindipass, que juridicamente é quem
responde agora pelas escolhas da empresa e ela acabou pegando esse terreno de
volta num acordo feito com o poder público. No nosso entendimento nada mais é
do que uma informalidade administrativa, o prefeito dando um terreno de 2
milhões para o Sindipass em troca de nada um terreno que já ficou nas mãos da
própria empresa Sul Fluminense durante 20 anos. Então nós entramos com uma ação
na justiça requerendo do prefeito dessa cidade que se responsabilize perante a
justiça diante disso. É um dano ao erário de mais de 2 milhões de reais, é um
problema gravíssimo que a gente também está denunciando.
Outra ação que nós temos no Ministério Público é sobre a qualidade de
transporte coletivo. Segunda-feira eu tenho reuniões nesse sentido com o
Ministério Público que já está em fase de investigação e a gente está
denunciando muito essa questão.
Amigo? O transporte coletivo não dá para ser resolvido na base do amor, da conversa, da amizade, vai ter que ser resolvido na justiça. É o caminho que a gente encontrou para dar resultado para a população. Infelizmente o poder público, atual administração junto com as empresas de ônibus é uma verdadeira relação duvidosa e a gente tem denunciado bastante essas questões, é uma questão de compromisso e responsabilidade.
(Adriano) Agora vereador, mudando um pouquinho de assunto, nós vamos falando aqui sobre a questão da reforma da ponte Pequetito Amorim que assustou a população em Volta Redonda. Algumas semanas atrás o assunto repercutiu sobre a junção de uma placa de concreto a outra, que se equiparou com aquela ponte que caiu lá em Tocantins, entre Tocantins e Goiás, me parece, e a população logo arremeteu um caso de ter estufado ali o entroncamento dessas duas placas concretos aqui na ponte Pequetito Amorim. Na época o Poder Público falou Que não tinha risco de cair, obviamente, a gente não duvidou disso, né? Porque se o Poder Público fala, a gente tem que acreditar, e disse que estava havendo já uma obra, uma manutenção na ponte. Agora eu estou lendo aqui que foi no seu mandato, na sua ação que conseguiu aí o contrato para obra para revitalizar aquela ponte. Explica para a gente um pouco sobre essa questão, vereador?
— Amigo essa questão assusta muito a população. A gente foi aqui bombardeado na época por várias denúncias quando aquele fato aconteceu em Tocantins É importante a gente dividir algumas coisas; primeiro que quando uma catástrofe acontece no Brasil ou em qualquer lugar do mundo isso reverbera nas nossas comunidades. As pessoas sempre buscam uma relação entre aquilo que aconteceu lá com aquilo que pode acontecer aqui. Isso aconteceu muito naquela época dos ataques das escolas, talvez você se recorde dessa situação. Então, primeiro momento é importante entender que já havia um mês que a Secretaria de Obras Já estava atuando na reforma da ponte. Já havia um processo em curso. Então não aconteceu só porque eu denunciei, no entanto, a pressão pública, a pressão da sociedade perante essa situação acelerou essas questões. A prefeitura teve que correr com o processo e ai foi identificado que na junta das placas ali da ponte, onde fica uma espécie mesmo de amortecedor como você disse. Ele é feito de material emborrachado. Aquele material já está desgastado há muito tempo o que ocasionou o desnível da ponte. Então não há risco de queda, mas há um risco, talvez, futuramente se nada fosse feito em prazo de anos. Poderíamos ter uma consequência maior diante disso. A nossa Secretaria de Obras acelerou o processo diante de muitas reclamações, a gente pediu denúncia, a gente encaminhou vídeos, a gente cobrou, a gente falou com o secretário Jerônimo, que, por sinal, é um dos melhores secretários que a gente tem aqui em Volta Redonda, muito competente. A gente conseguiu, de fato, que esse processo fosse instaurado, fosse realizado e agora as operações estão sendo feitas. Paralelo a isso, outras pontes da cidade também sofrerão intervenções, manutenções que vão acontecer ainda esse ano, já está tudo em processo de licitação, já está tudo no diário oficial. A gente está acompanhando essa situação e a gente fica até mais tranquilo em ver o poder público diante dessa alta demanda, de reclamações da população, de tomar uma iniciativa tão rápida para resolver esse problema. A gente precisa agora acompanhar, ver se de fato a empresa vai prestar um bom serviço e fiscalizar o funcionamento da obra e, obviamente, acompanhar todo o processo.
A gente tem tido um diálogo importante com a Secretaria de Obras e eles têm também colocado a disposição para esclarecimento. Então acho que isso vai ser bem benéfico para a população que pode ficar tranquila que essa situação será resolvida.
(Adriano) Maravilha, vereador foi muito bom ter falado com o senhor, Quer falar algo mais? Quer colocar alguma coisa que a gente não conseguiu abordar aqui? Não lembrou? Ou tem aí em pauta para falar?
Acho que o momento, amigo só para trazer para a população o momento de retorno às aulas. A gente está enfrentando uma mudança climática grave com o calor e nós estamos com denúncias também relacionadas à demandas de ar-condicionado nas escolas. Já estamos fiscalizando muitas escolas do município. O município vai ter que adequar 10 escolas aí na parte elétrica para receber ar-condicionado e acabou de fazer licitação para a compra de mais ar-condicionado, isso tudo devido a uma denúncia que nós começamos a fazer no ano passado, em janeiro do ano passado. Então a gente está acompanhando a situação e, para deixar a população ciente, que eu estou à disposição. Eu sou professor, né? Então a educação é muito importante para mim. Eu estou nessa luta pelas escolas, pela climatização da escola, também pela valorização dos profissionais da educação que é essencial e me colocar à disposição, amigo, o meu WhatsApp está aí para a população que vier conversar comigo, que vier anunciar, trazer alguma coisa, tudo de forma sigilosa.
Posso divulgar meu WhatsApp aqui?
(Adriano) A vontade, fica aí os seus canais, pode falar de todos!
— Obrigado, querido É 24, né? 981-24-6632 Repetindo 981-24-6632 É meu WhatsApp pessoal. Você pode falar diretamente comigo. A gente vai ouvir vocês aí, as demandas da população. As minhas redes sociais também que é o meu Instagram, é o RaoniFS, que você acha lá no Instagram, no Facebook. Estou à disposição para ouvir todos você.
Eu quero agradecer aí à Rádio Acesa por estar à disposição da população que está ouvindo. Por ser um veículo de informação tão importante e crítico, que se coloca aí de forma muito diferente do que a gente vê em outras mídias. Parabéns aí pelo trabalho de vocês!
Um abraço para todos aí e podem contar sempre comigo.
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