SOBRASP alerta para os riscos psicossociais no dia 27 de julho: Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho
São Paulo, 16 de julho de 2025 – No próximo dia 27 de julho é celebrado o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho, uma data que reforça a importância de promover ambientes de trabalhos seguros e saudáveis para todos os trabalhadores brasileiros.
Panorama de afastamento por saúde no Brasil: De acordo com dados do Ministério do Trabalho (MPT) e do Escritório da Organização Nacional do Trabalho (OIT), os afastamentos por problemas de saúde mental no Brasil tiveram um aumento alarmante de 134% entre 2022 e 2024.
Entre 2012 e 2024, o país registrou aproximadamente 8,8 milhões de acidentes de trabalho e cerca de 32 mil mortes com carteira assinada no país.
Dados do Ministério da Previdência indicam que, em 2024, foram solicitados 3,5 milhões de pedidos de licença no INSS por diferentes doenças. Desse total, 472.328 mil pessoas foram afastadas do trabalho e passaram a receber benefícios por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) devido a transtornos mentais. Entre os principais motivos de afastamento estão reações ao estresse (28,6%), ansiedade (27,4%), episódios depressivos (25,1%) e depressão recorrente (8.46%). No panorama geral de afastamentos, destacam-se como predominantes os episódios depressivos (25,6%), a ansiedade (20,9%) e a depressão recorrente (12,0%).
Entre os estados, São Paulo liderou o ranking de afastamentos, com 133.184 casos. Seguido por Minas Gerais com 70.416 registros; Rio Grande do Sul com 39.250; Rio de Janeiro, com 33.596; e, em quinto lugar, o Paraná com 26.877 afastamentos. Entre as doenças mais prevalentes estão: 1º - Ansiedade (141.414 benefícios concedidos) 2º - Episódios de Depressão (113.604) 3º - Transtorno depressivo recorrente (52.627) 4º - Transtorno afetivo bipolar (51.314) 5º - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substâncias psicoativas (21.498).
Como estão os profissionais da saúde? Os responsáveis por cuidar da população estão ficando mais doentes do que os próprios pacientes, devido às jornadas exaustivas, sobrecarga emocional e falta de apoio psicológico. Segundo dados de 2023, levantados pela Fiocruz, 59% desses trabalhadores relatam sintomas de ansiedade e depressão.
“Antes da pandemia, o cenário já era preocupante, mas a situação se agravou ainda mais. Esperamos que a revisão da NR-1 possa trazer luz às necessidades de reconhecer e agir sobre os riscos psicossociais, muitas vezes invisíveis. Nossa entidade vê essa atualização como uma oportunidade para que as instituições implementem políticas reais de proteção e bem-estar, com foco não apenas na prevenção de acidentes físicos, mas também no cuidado integral dos trabalhadores”, relata Alessandra Roscani, diretora de Comunicação e Marketing da SOBRASP – Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente.
Atualização da NR-1: O que mudou?
Panorama de afastamento por saúde no Brasil: De acordo com dados do Ministério do Trabalho (MPT) e do Escritório da Organização Nacional do Trabalho (OIT), os afastamentos por problemas de saúde mental no Brasil tiveram um aumento alarmante de 134% entre 2022 e 2024.
Entre 2012 e 2024, o país registrou aproximadamente 8,8 milhões de acidentes de trabalho e cerca de 32 mil mortes com carteira assinada no país.
Dados do Ministério da Previdência indicam que, em 2024, foram solicitados 3,5 milhões de pedidos de licença no INSS por diferentes doenças. Desse total, 472.328 mil pessoas foram afastadas do trabalho e passaram a receber benefícios por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) devido a transtornos mentais. Entre os principais motivos de afastamento estão reações ao estresse (28,6%), ansiedade (27,4%), episódios depressivos (25,1%) e depressão recorrente (8.46%). No panorama geral de afastamentos, destacam-se como predominantes os episódios depressivos (25,6%), a ansiedade (20,9%) e a depressão recorrente (12,0%).
Entre os estados, São Paulo liderou o ranking de afastamentos, com 133.184 casos. Seguido por Minas Gerais com 70.416 registros; Rio Grande do Sul com 39.250; Rio de Janeiro, com 33.596; e, em quinto lugar, o Paraná com 26.877 afastamentos. Entre as doenças mais prevalentes estão: 1º - Ansiedade (141.414 benefícios concedidos) 2º - Episódios de Depressão (113.604) 3º - Transtorno depressivo recorrente (52.627) 4º - Transtorno afetivo bipolar (51.314) 5º - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substâncias psicoativas (21.498).
Como estão os profissionais da saúde? Os responsáveis por cuidar da população estão ficando mais doentes do que os próprios pacientes, devido às jornadas exaustivas, sobrecarga emocional e falta de apoio psicológico. Segundo dados de 2023, levantados pela Fiocruz, 59% desses trabalhadores relatam sintomas de ansiedade e depressão.
“Antes da pandemia, o cenário já era preocupante, mas a situação se agravou ainda mais. Esperamos que a revisão da NR-1 possa trazer luz às necessidades de reconhecer e agir sobre os riscos psicossociais, muitas vezes invisíveis. Nossa entidade vê essa atualização como uma oportunidade para que as instituições implementem políticas reais de proteção e bem-estar, com foco não apenas na prevenção de acidentes físicos, mas também no cuidado integral dos trabalhadores”, relata Alessandra Roscani, diretora de Comunicação e Marketing da SOBRASP – Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente.
Atualização da NR-1: O que mudou?
O Ministério do Trabalho atualizou a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), norma que estabelece diretrizes sobre a saúde no ambiente de trabalho. Com a mudança, o que antes estava apenas no papel agora precisa ser colocado em prática, ou seja, o cumprimento das regras passará a ser fiscalizado nas empresas e, caso não sejam respeitadas, pode haver aplicação de multas.
Principais mudanças:
Riscos psicossociais passam a ser considerados – A nova norma inclui fatores como estresse, assédio e sobrecarga de trabalho entre os riscos relevantes que devem ser prevenidos e controlados pelas empresas.
Colaborador deve participar ativamente - As empresas precisam manter um diálogo aberto com os colaboradores, garantindo que todos estejam envolvidos nas ações de prevenção e nas medidas para evitar riscos à saúde e segurança
Medidas preventivas são obrigatórias - As organizações devem desenvolver políticas e estratégias para mitigar os riscos psicossociais. Isso inclui melhorar a comunicação interna, oferecer apoio psicológico e promover o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.
Simulações de emergência são necessárias - Simulações devem ser realizadas com o objetivo de identificar falhas nos procedimentos de segurança e corrigi-las, garantindo a proteção de todos os envolvidos.
Prazos para adaptação das empresas - Segundo o Ministério da Saúde, as empresas têm até o dia 26 de maio de 2026 para se adequarem às novas exigências.
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