Diretrizes nacionais indicam o uso de enxaguante como medida preventiva e dentista reforça a importância da higiene completa e do uso correto do produto
O Dia Nacional da Saúde Bucal, celebrado em 25 de outubro, chama a atenção para cuidados essenciais que ainda são negligenciados pela população. Entre eles, o uso do enxaguante bucal vem ganhando destaque como aliado no combate à gengivite e à formação de tártaro, dois problemas comuns que, se não tratados adequadamente, podem evoluir para a periodontite, uma condição grave que leva à perda óssea e até à perda dos dentes.
A última Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, conduzida pelo Ministério da Saúde, revelou dados alarmantes: 54,13% dos participantes apresentaram cálculo dentário (tártaro), e 41,53% relataram sangramento gengival, principal sinal da gengivite. O levantamento, que orientará políticas públicas para os próximos dez anos, também destacou que apenas 5,2% dos adultos entre 35 e 44 anos estão livres de cáries. Diante desse cenário, a inclusão do enxaguante bucal na rotina de higiene oral surge como uma recomendação cada vez mais presente em diretrizes oficiais e estudos científicos.
A diretriz do Ministério da Saúde publicada no ano passado recomenda o uso de enxaguantes, especialmente em pacientes em tratamento da gengivite ou que não apresentam boa resposta apenas com escovação e fio dental. O documento destaca o uso contínuo, por mais de 30 dias, de soluções com agentes antissépticos à base de óleos essenciais, com ou sem álcool. A recomendação é reforçada pela Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica, que inclui o enxaguante bucal com óleos essenciais em seu Guia de Cuidado Diário em Saúde Bucal, com base em evidências científicas.
A dentista e professora da Afya São João Del Rei, Thainá Serpa, informa que para uso terapêutico (fase inflamatória aguda ou pós-cirúrgica) podemos usar enxaguantes com clorexidina 0,12% por períodos curtos (7 a 14 dias), devido à sua alta eficácia, e também à possibilidade de efeitos adversos, como pigmentação dental e alteração de paladar. “É recomendado também os enxaguantes sem álcool para pacientes com mucosa sensível, xerostomia, ou em pós-operatórios, pois pode causar irritação em alguns casos.”
Estudos internacionais confirmam a eficácia do enxaguante bucal como parte da higiene completa. Uma pesquisa da American Dental Hygienists’ Association indicou uma redução de 52% da placa bacteriana em seis meses quando o enxaguante foi adicionado à escovação e ao uso do fio dental. Outro levantamento, apresentado na 86ª Sessão Geral da Associação Internacional de Pesquisa Odontológica, apontou uma redução de 21% da gengivite com o uso combinado desses três recursos.
Mitos e verdades sobre o enxaguante bucal
Apesar de seu uso estar cada vez mais difundido, o enxaguante bucal ainda é cercado por dúvidas e informações incorretas. Muitos pacientes acreditam em promessas exageradas ou utilizam o produto de forma inadequada, o que pode comprometer sua eficácia e até causar efeitos indesejados.
Para esclarecer o que é fato e o que é mito, a dentista Dr.ᵃ Thainá Serpa, professora da Afya São João Del Rei, esclarece às principais dúvidas sobre o tema.
O enxaguante substitui a escovação e o fio dental.
“O enxaguante é um complemento importante, mas nunca substitui a escovação mecânica e o uso do fio dental, que são indispensáveis para a remoção da placa”.
Enxaguantes sem álcool têm eficácia equivalente e são menos irritantes para tecidos orais
“Os enxaguantes sem álcool são ideais para pacientes com mucosa sensível, pós-operados ou que sofrem com boca seca, já que reduzem o risco de irritação e ardência, mantendo o mesmo potencial antimicrobiano”.
O enxaguante bucal clareia os dentes.
“Nenhum enxaguante comum tem agentes clareadores. Para clarear os dentes, é preciso recorrer a procedimentos específicos indicados pelo dentista”.
Enxaguante é apenas para eliminar o mau hálito.
“Embora melhore o hálito, o principal papel do enxaguante é o controle químico da placa bacteriana e da inflamação gengival”, esclarece a profissional”.
Quanto mais tempo bochechar, melhor o efeito.
“Bochechar por mais tempo não aumenta a eficácia e pode até causar irritação. O ideal é seguir as instruções do fabricante, geralmente de 30 a 60 segundos”.
O uso diário de clorexidina é seguro.
"A clorexidina deve ser usada apenas por períodos curtos e sob supervisão odontológica. O uso contínuo pode causar efeitos adversos, como pigmentação dos dentes e desequilíbrio da flora oral”.
A última Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, conduzida pelo Ministério da Saúde, revelou dados alarmantes: 54,13% dos participantes apresentaram cálculo dentário (tártaro), e 41,53% relataram sangramento gengival, principal sinal da gengivite. O levantamento, que orientará políticas públicas para os próximos dez anos, também destacou que apenas 5,2% dos adultos entre 35 e 44 anos estão livres de cáries. Diante desse cenário, a inclusão do enxaguante bucal na rotina de higiene oral surge como uma recomendação cada vez mais presente em diretrizes oficiais e estudos científicos.
A diretriz do Ministério da Saúde publicada no ano passado recomenda o uso de enxaguantes, especialmente em pacientes em tratamento da gengivite ou que não apresentam boa resposta apenas com escovação e fio dental. O documento destaca o uso contínuo, por mais de 30 dias, de soluções com agentes antissépticos à base de óleos essenciais, com ou sem álcool. A recomendação é reforçada pela Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica, que inclui o enxaguante bucal com óleos essenciais em seu Guia de Cuidado Diário em Saúde Bucal, com base em evidências científicas.
A dentista e professora da Afya São João Del Rei, Thainá Serpa, informa que para uso terapêutico (fase inflamatória aguda ou pós-cirúrgica) podemos usar enxaguantes com clorexidina 0,12% por períodos curtos (7 a 14 dias), devido à sua alta eficácia, e também à possibilidade de efeitos adversos, como pigmentação dental e alteração de paladar. “É recomendado também os enxaguantes sem álcool para pacientes com mucosa sensível, xerostomia, ou em pós-operatórios, pois pode causar irritação em alguns casos.”
Estudos internacionais confirmam a eficácia do enxaguante bucal como parte da higiene completa. Uma pesquisa da American Dental Hygienists’ Association indicou uma redução de 52% da placa bacteriana em seis meses quando o enxaguante foi adicionado à escovação e ao uso do fio dental. Outro levantamento, apresentado na 86ª Sessão Geral da Associação Internacional de Pesquisa Odontológica, apontou uma redução de 21% da gengivite com o uso combinado desses três recursos.
Mitos e verdades sobre o enxaguante bucal
Apesar de seu uso estar cada vez mais difundido, o enxaguante bucal ainda é cercado por dúvidas e informações incorretas. Muitos pacientes acreditam em promessas exageradas ou utilizam o produto de forma inadequada, o que pode comprometer sua eficácia e até causar efeitos indesejados.
Para esclarecer o que é fato e o que é mito, a dentista Dr.ᵃ Thainá Serpa, professora da Afya São João Del Rei, esclarece às principais dúvidas sobre o tema.
O enxaguante substitui a escovação e o fio dental.
“O enxaguante é um complemento importante, mas nunca substitui a escovação mecânica e o uso do fio dental, que são indispensáveis para a remoção da placa”.
Enxaguantes sem álcool têm eficácia equivalente e são menos irritantes para tecidos orais
“Os enxaguantes sem álcool são ideais para pacientes com mucosa sensível, pós-operados ou que sofrem com boca seca, já que reduzem o risco de irritação e ardência, mantendo o mesmo potencial antimicrobiano”.
O enxaguante bucal clareia os dentes.
“Nenhum enxaguante comum tem agentes clareadores. Para clarear os dentes, é preciso recorrer a procedimentos específicos indicados pelo dentista”.
Enxaguante é apenas para eliminar o mau hálito.
“Embora melhore o hálito, o principal papel do enxaguante é o controle químico da placa bacteriana e da inflamação gengival”, esclarece a profissional”.
Quanto mais tempo bochechar, melhor o efeito.
“Bochechar por mais tempo não aumenta a eficácia e pode até causar irritação. O ideal é seguir as instruções do fabricante, geralmente de 30 a 60 segundos”.
O uso diário de clorexidina é seguro.
"A clorexidina deve ser usada apenas por períodos curtos e sob supervisão odontológica. O uso contínuo pode causar efeitos adversos, como pigmentação dos dentes e desequilíbrio da flora oral”.



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