Rádio Acesa FM VR: Moradores do Açude II enfrentam falta de abastecimento d’água Volta Redonda

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Moradores do Açude II enfrentam falta de abastecimento d’água Volta Redonda

Os moradores das ruas Oito e Nove, do bairro Açude II, em Volta Redonda, sofrem com a falta d'água principalmente na primavera e no verão. 

Na última semana foram quase sete dias ininterruptos sem água, pois o fornecimento foi interrompido no dia 1º e só voltou na noite de ontem. É o que afirma a estudante Katherine Dias, que mora na Rua Oito. Segundo ela, sua família ligou diversas vezes para o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), que não teria apresentado uma solução para o problema.

- Ligamos muitas vezes para o Saae e, segundo eles, estamos sem água por causa de um vazamento na Estrada do Norte, que fica no Retiro. Além desse vazamento, eles falaram que tinham mais três em outros locais e que por isso estávamos sem água. Mas isso acontece periodicamente - explica.

De acordo com a estudante, na noite de domingo a água voltou a cair. Dia 08, um representante da autarquia foi ao local e informou aos moradores que, apesar de haver abastecimento de água naquele momento, ele poderia ser interrompido novamente. Segundo o órgão, os moradores só terão água depois que o reparo do vazamento fosse realizado.

A aposentada Antônia Constância Reis Carlos, que mora na Rua Oito há 32 anos, afirma que o problema no fornecimento chega junto com o verão, tornando o período de calor ainda pior.
O problema é enfrentado há 27 anos pela aposentada Delfina de Castro Rodrigues, que considera a situação agonizante, pois nada resolve o problema. Ela reforça que a situação piora na primavera e no verão.

- Na semana passada ligamos solicitando o carro-pipa, e vimos que ele atendeu apenas a Escola Municipal Mario Villani, que fica aqui perto, e levou água também à casa que fica no fim da rua. Atrás dessa casa a prefeitura está construindo um muro de contenção e os pedreiros estão trabalhando nela e precisam de água, mas os outros moradores não foram atendidos - aponta.

Se não fosse a ajuda da dona de casa Marlene Pereira, moradora do local há 17 anos, não haveria uma solução paliativa para o problema. É o que acreditam os moradores que buscam água no poço da casa onde ela mora.

- Ficamos sete dias sem água, e nesse tempo cinco famílias buscaram água aqui. Nós ajudamos de coração mesmo, porque essa situação é difícil demais - expõe.

Segundo Marlene, o poço foi construído há cerca de 15 anos. Ela conta que depois dos dois primeiros anos morando no local - e enfrentando falta d'água - resolveu construir um poço. Atualmente, é com este poço que alguns moradores da rua contam para atender necessidades básicas, como tomar banho e lavar roupa.

O problema também atinge moradores da Rua Nove, e a falta d'água obrigou Heloísa Maria Bento a dar banho em seu filho de um mês em uma igreja que ainda tinha água. Segundo Heloísa, é uma situação complicada, principalmente por estar fazendo muito calor.

A solução paliativa encontrada pela pensionista Ana Gomes Alberto, que também mora na Rua Nove, é comprar galões d'água - que, segundo ela, custam R$ 10. Ana enfrenta o problema com mais dificuldade do que os outros, pois é cadeirante e muitas vezes tem que transportar os galões no colo.

Em função do problema, uma reforma que está sendo feita no portão de uma das casas da Rua Nove teve que ser interrompida temporariamente, atrasando o andamento da obra, de acordo com o aposentado - que trabalha como ajudante de pedreiro na reforma - Acácio Peixoto de Lacerda.

Posição do Saae
A assessoria de imprensa do Saae informou que houve um vazamento de água na Rua Nove, que demorou para ser localizado e prejudicou o fornecimento, acrescentando que o reparo foi realizado.
Ainda de acordo com a autarquia, existem bairros que têm um fornecimento mais crítico, acrescentando que o Saae está sujeito a alguns problemas e aconselhando que as famílias procurem reservatórios com maior capacidade.

Sobre a constância no problema de abastecimento, o Saae atribuiu a responsabilidade a posses e invasão de terra - que, segundo o órgão, dificultam o abastecimento.

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