Governo corta taxa de importação do trigo para evitar alta
Em função de problemas de safra no
Mercosul, com destaque para Argentina, principal fornecedor,
importadores brasileiros foram obrigados a recorrer aos Estados Unidos e
Canadá. Pelo fato de esses países não pertencerem ao bloco econômico do
Cone Sul, o produto entrava no país com alíquota de 10% do Imposto de
Importação. A isenção até dia 15 de agosto permitirá suprir a
deficiência de trigo sem aumentar preços no mercado interno.
Professor de Finanças do Ibmec e da Fundação
Dom Cabral, Gilberto Braga esclareceu que não há expectativa de redução
no preço dos derivados do trigo, mas que os consumidores vão se
beneficiar com o fato de esses itens não ficarem mais caros. “O objetivo
é manter o valor no patamar em que está”, diz. A Associação Brasileira da Indústria do Trigo comemora a medida. Em nota, informou que “a isenção do imposto sobre importações de trigo de países fora do Mercosul concorre para evitar impactos sobre a inflação”.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, de janeiro a maio deste ano, o Brasil importou 1,5 milhão de toneladas de trigo do Mercosul. O valor é inferior às 2,7 milhões de toneladas adquiridas no mesmo período do ano passado. Com isso, subiu de 225 mil toneladas para 947 mil toneladas a quantidade do produto compradas dos EUA nos cinco primeiros meses de 2014, em comparação com o mesmo período de 2013.
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