Desde abril do ano passado, o Lacen-RJ vem expandindo suas análises ao fazer o controle do mayaro e do oropouche. Atualmente, todos os casos para pesquisa de arboviroses, por RT-PCR, para dengue, zika e chikungunya, também são testados para o vírus oropouche. No ano passado, foram realizadas 9.168 análises de mayaro e 10.151 análises de oropouche, o que orienta uma melhor vigilância nas regiões envolvidas. No estado, os sorotipos predominantes da dengue são o tipo 1 e 2. O sorotipo 3 não circula de forma predominante no estado desde 2007. Porém, no ano passado, foram registrados dois casos isolados, um em Paraty e outro em Maricá.
O estado do Rio de Janeiro registrou, em 2024, 302.824 casos prováveis de dengue, com 9.640 internações e 229 óbitos. Neste ano, são 8.346 casos prováveis da doença, 617 de chikungunya, 461 de oropouche e nenhum caso de zika.
A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, ressalta que o LACEN-RJ possui profissionais capacitados e equipamentos para realizar todas as análises necessárias.
“Temos um corpo técnico altamente qualificado de biólogos, farmacêuticos, biomédicos e técnicos de laboratório para essa missão. Outro fator importante foi a modernização do nosso parque tecnológico com a aquisição, em 2021, de novos equipamentos que auxiliam na identificação dos diferentes sorotipos em circulação. Com essa mudança, o Lacen passou de 1,5 mil testes semanais para até 7 mil”, destaca a secretária de Estado de Saúde.
No exame de biologia molecular (RT-PCR), a detecção do vírus é realizada na fase aguda da doença, isto é, a coleta da amostra do sangue deve ser feita até o 5º dia após o início dos sintomas, identificando a fase viral ainda circulando. A detecção dos anticorpos IgM e IgMmG é realizada na fase da soroconversão (intervalo em que o anticorpo se desenvolve) e a coleta da amostra biológica deve ser realizada em pacientes do 6º ao 30º e a partir do 31° dia, respectivamente, do início dos sintomas.
Setor de Antropozoonoses capacita equipes de vigilância ambiental
Em funcionamento desde 2022, o Laboratório de Gerência de Pesquisa em Antropozoonoses (GPA), espaço dedicado ao estudo de insetos, de moluscos e pólo de capacitação, tem a missão de realizar a identificação e o controle de vários vetores de doenças, como dengue, zika, chikungunya, mayaro e oropouche. Em 2024, foram feitas 4.543 análises das amostras de larvas, 295 alados, 459 flebotomíneos (gênero da mosca) e 921 de carrapatos, entre outras.
No ano passado, o Laboratório de Antropozoonoses qualificou agentes de endemia de 20 municípios do estado. A identificação de vetores no combate às arboviroses é fundamental, sendo uma das estratégias mais eficazes para a prevenção e controle da doença, já que viabiliza um mapeamento de focos e desenvolve estratégias de controle.
Laboratório detém técnica padrão-ouro na identificação da dengue
“O Lacen é classificado, pelo Ministério da Saúde (MS), como padrão-ouro por manter técnica e normas preconizadas pelo MS, por seu alto grau de confiabilidade na realização dos exames e pela capacidade de liberar os resultados em três dias, após o seu recebimento. Isso inclui o diagnóstico da dengue, detecção direta do vírus, infecção recente e seus componentes”, explica Andréa Cony Cavalcanti, diretora-geral do Lacen-RJ, reforçando que a unidade está preparada para qualquer aumento de demanda em 2025.
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