/>
Estado do Rio se prepara para uma possível epidemia de Dengue

Estado do Rio se prepara para uma possível epidemia de Dengue

Estado do Rio se prepara para uma possível epidemia de Dengue
Com o aumento de casos de Dengue, o Estado do Rio de Janeiro está se preparando para o numero crescente da doença, como apontam as projeções para 2025. A equipe da Gerência de Controle Epidemiológico realiza análise de biologia molecular e de sorologia 24h dos 92 municípios do estado. Em 2024, ano em que se registrou uma grave epidemia, o Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ) está preparado para a possível epidemia.

Desde abril do ano passado, o Lacen-RJ vem expandindo suas análises ao fazer o controle do mayaro e do oropouche. Atualmente, todos os casos para pesquisa de arboviroses, por RT-PCR, para dengue, zika e chikungunya, também são testados para o vírus oropouche. No ano passado, foram realizadas 9.168 análises de mayaro e 10.151 análises de oropouche, o que orienta uma melhor vigilância nas regiões envolvidas. No estado, os sorotipos predominantes da dengue são o tipo 1 e 2. O sorotipo 3 não circula de forma predominante no estado desde 2007. Porém, no ano passado, foram registrados dois casos isolados, um em Paraty e outro em Maricá.

O estado do Rio de Janeiro registrou, em 2024, 302.824 casos prováveis de dengue, com 9.640 internações e 229 óbitos. Neste ano, são 8.346  casos prováveis da doença, 617 de chikungunya, 461 de oropouche e nenhum caso de zika.

A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, ressalta que o LACEN-RJ possui profissionais capacitados e equipamentos para realizar todas as análises necessárias.

 “Temos um corpo técnico altamente qualificado de biólogos, farmacêuticos, biomédicos e técnicos de laboratório para essa missão. Outro fator importante foi a modernização do nosso parque tecnológico com a aquisição, em 2021, de novos equipamentos que auxiliam na identificação dos diferentes sorotipos em circulação. Com essa mudança, o  Lacen passou de 1,5 mil testes semanais para até 7 mil”, destaca a secretária de Estado de Saúde.

 No exame de biologia molecular (RT-PCR), a detecção do vírus é realizada na fase aguda da doença, isto é, a coleta da amostra do sangue deve ser feita até o 5º dia após o início dos sintomas, identificando a fase viral ainda circulando. A detecção dos anticorpos IgM e IgMmG é realizada na fase da soroconversão (intervalo em que o anticorpo se desenvolve) e a coleta da amostra biológica deve ser realizada em pacientes do 6º ao 30º e a partir do 31° dia, respectivamente, do início dos sintomas.

Setor de Antropozoonoses capacita equipes de vigilância ambiental

 Em funcionamento desde 2022, o Laboratório de Gerência de Pesquisa em Antropozoonoses (GPA), espaço dedicado ao estudo de insetos, de moluscos e pólo de capacitação, tem a missão de realizar a identificação e o controle de vários vetores de doenças, como dengue, zika, chikungunya, mayaro e oropouche. Em 2024, foram feitas 4.543 análises das amostras de larvas, 295 alados, 459 flebotomíneos (gênero da mosca) e 921 de carrapatos, entre outras.

 No ano passado, o Laboratório de Antropozoonoses qualificou agentes de endemia de 20 municípios do estado. A identificação de vetores no combate às arboviroses é fundamental, sendo uma das estratégias mais eficazes para a prevenção e controle da doença, já que viabiliza um mapeamento de focos e desenvolve estratégias de controle.

 Laboratório detém técnica padrão-ouro na identificação da dengue

 “O Lacen é classificado, pelo Ministério da Saúde (MS), como padrão-ouro por manter técnica e normas preconizadas pelo MS, por seu alto grau de confiabilidade na realização dos exames e pela capacidade de liberar os resultados em três dias, após o seu recebimento. Isso inclui o diagnóstico da dengue, detecção direta do vírus, infecção recente e seus componentes”, explica Andréa Cony Cavalcanti, diretora-geral do Lacen-RJ, reforçando que a unidade está preparada para qualquer aumento de demanda em 2025.

Postar um comentário

0 Comentários

Close Menu