O policial mantinha vínculo com a facção criminosa, recebendo pagamentos regulares para repassar dados sigilosos sobre operações policiais e localização de agentes de segurança
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Policial militar é preso por suspeita de envolvimento na tentativa de morte de colega de trabalho em Paraty / Imagens: reprodução |
Os agentes saíram para cumprir seis mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão contra os acusados.
O crime aconteceu no dia 17 de junho de 2025, quando a vítima chegava à sua
residência, em Paraty. Ocupantes de um veículo VW T-Cross preto dispararam
vários tiros, inclusive com fuzil calibre 5,56 mm, em uma ação premeditada e
com elevado poder de fogo contra o agente que reagiu e sobreviveu ao atentado.
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), identificaram a participação direta de J. P. F. F., vulgo “BMW”, apontado como mandante da execução, mesmo estando preso; J. E. S. M. (o Jota); G. R. S. (o Martelinho); G. J. L. (o GB); e L. F. V. F. (o Zóio), além de um adolescente infrator que confessou envolvimento no crime.
Conforme a Polícia Civil, durante a apuração, ficou evidenciada a participação ativa de um policial militar, identificado como J. C. F., (conhecido como “Barcelona”), também lotado na 2ª CIPM, que teria fornecido informações estratégicas sobre a rotina da vítima, favorecendo o planejamento do atentado.
Segundo as investigações, o policial mantinha vínculo com a facção
criminosa, recebendo pagamentos regulares para repassar dados sigilosos sobre operações
policiais e localização de agentes de segurança.
Além das prisões, os agentes aprenderam armas, munições, drogas,
documentos, aparelhos eletrônicos e outros elementos que vão colaborar nas investigações e responsabilização criminal dos envolvidos, como aprofundar a investigação
sobre o vazamento de informações por um policial militar associado ao tráfico.
Durante a operação foram presos, além do policial militar (vulgo “Barcelona”),
apontado como responsável pelo repasse de informações estratégicas à facção
criminosa, vulgo “GB”, identificado como batedor na tentativa de homicídio
contra o cabo PM Heiver. Também foram cumpridos os mandados de prisão expedidos
contra “Jota”; “Martelinho”; e “BMW”, apontado como mandante do crime.
Outro criminoso, conhecido como “Zóio”, permanece foragido e segue sendo
procurado pela polícia.
A operação desta quinta-feira, dia 31, também teve como objetivo desarticular o
núcleo responsável pela escalada de violência contra agentes públicos na região
de Paraty.
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