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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Segurança do jogo Flamengo e Atlético-MG pela Copa do Brasil é ampliada

Partida pelas Oitavas de Finais está agendada para próxima quarta-feira,13 de julho, no Maracanã

Procurador Eduardo Benones se reúne com CBF e força policial: partida FLA x CAM. Crédito: Ascom
O Ministério Público Federal (MPF) se reuniu, nesta quarta-feira (6), com representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar do Rio de Janeiro, Batalhão especializado de Policiamento em estádios (BEPE-RJ), Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e representantes do Cube Atlético Mineiro para tratar de questões relativas à segurança pública, em especial, no âmbito das rodovias federais, eventualmente envolvidas no transporte de torcedores, com ênfase na rodovia BR-040, corredor rodoviário entre as cidades de Belo Horizonte e Rio de Janeiro, para o próximo jogo entre Flamengo e Atlético, pelas Oitavas de Finais da Copa do Brasil, marcada para o dia 13 de julho no Maracanã.

A reunião é medida preventiva para o planejamento da segurança da partida após procedimento instaurado no MPF, ao receber ofício expedido pelo Clube Atlético Mineiro, dando ciência de inúmeras ameaças, inclusive à integridade física, aos seus torcedores pela ocasião da partida de futebol.

Medida preventiva - No início da reunião, o procurador Eduardo Benones explicou que o principal objetivo é a prevenção. “Sabemos que essas narrativas de violência estão presentes em alguns jogos, mas esta partida entre Flamengo e Atlético, particularmente, está extrapolando a questão esportiva por conta de pronunciamento mais específicos de torcedores que não avaliam o seu poder de persuasão em massa. Por isso, é necessário uma organização operacional para evitar qualquer tragédia”, alertou.

“Nosso papel, tendo em vista a jurisdição federal sobre a BR-040, é garantir que as forças federais atuem em articulação com as forças estaduais sem perder de vista a necessidade de respeito ao pacto federativo. Neste contexto, o policiamento ostensivo da PRF tem e terá caráter preventivo, sem prejuízo de eventual responsabilização criminal dos que a pretexto de torcer pratiquem atos de violência”, analisou o procurador.

Diretor de operações do Atlético Mineiro, Rodrigo Messano explicou que a necessidade de acionar o MPF surgiu da própria torcida. “A gente foi muito demandado pelo torcedor, principalmente, pela questão da segurança. Os ataques cibernéticos, mesmo nos casos em que não são se concretizam, causam pânico na torcida”, esclarece.

A PRF explicou que desde que tomou conhecimento do caso já começou a monitorar as redes sociais. A instituição também se declarou disposta em contribuir com o que for necessário. A Polícia Rodoviária Federal declarou que o maior objetivo da reunião entre o poder público (PMERJ, PRF, BEPE-RJ e MPF), os clubes e a CBF é proporcionar o melhor espetáculo em campo e a segurança fora dele. “A integração coroa a segurança pública encabeçada pelo MPF que através de sua liderança, visa a segurança do torcedor no momento em que ele sai de sua casa, vai ao estádio e retorna para o seu lar”.

O procurador Eduardo Benones reforçou que essa a preocupação vai além das torcidas organizadas. “Temos que pensar também nos torcedores comuns, já que este costuma ser o mais fragilizado. O importante é desestimular essas narrativas de violência”, destacou Benones.

Representante da CBF na reunião, Regina Sampaio disse que o presidente da entidade se preocupa com as questões de violência dentro e fora dos estádios e um dos desejos é a sua erradicação; seja ela por meios físicos ou por palavras como o racismo e a homofobia. “A CBF tem como sonho erradicar a violência, as brigas entre torcidas e o racismo no estádio. Estamos disponíveis para contribuir no que for necessário”, pontuou.

Por fim, o major Leroy do BEPE reforçou que a união de todos nesta operação só tem a acrescentar tanto para os torcedores atleticanos, quanto para os flamenguistas.

O MPF esclarece que a reunião foi de alinhamento institucional e operacional tendo em vista a segurança de todos os torcedores. Inclusive com debates, propostas e encaminhamentos. O MPF esclarece, ainda, que possui pleno conhecimento de quais órgãos são elencados pela Constituição Federal ao exercício da segurança pública. Entretanto, essa mesma Constituição aponta que a segurança pública é responsabilidade de todos.