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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Jovem faz campanha para cirurgia

Ana Karolina Rezende, de 23 anos, de Volta Redonda, está enfrentando uma doença diagnosticada como Lipedema Grau 2, que acumula gordura em regiões específica do corpo, no caso dela nas pernas.

O lipedema é "uma doença crônica, clinicamente diagnosticada e que afeta todo o tecido adiposo distribuído pelo corpo. Muitas vezes confundido com a obesidade ou o Linfedema, o lipedema que apresenta uma progressão. Portanto, a gordura continua a acumular e pode causar complicações como cicatrizes, infecção, dor e falta de mobilidade.

Os principais sintomas da doença incluem intenso inchaço das pernas, que fazem com que elas se alarguem dos tornozelos até os quadris, de forma desproporcional com o resto do corpo. Há também sensibilidade extrema, dor e hematomas, tornando difícil a mobilidade do paciente."

Karolina disse que já fez drenagem linfática, dietas, exercícios, porém, a doença continua se agravando progressivamente e precisa fazer a cirurgia para a retirada da gordura doente e diminuir as fortes dores.

"Infelizmente, a cirurgia tem um custo elevado, e não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e nem é coberta pelos convênios médicos. Resolvi fazer uma 'vaquinha' para tentar conseguir o valor e  arcar com o procedimento", relatou.

Esse valor (R$ 30 mil) é para a cirurgia principal e possivelmente ajudará em outras sessões e procedimentos posteriores pós-cirúrgico.

Sem a cirurgia pode haver o ”surgimento de um lipolinfedema. Neste caso, para além do lipedema existente, há adicionalmente uma perturbação da drenagem linfática. Esta forma combinada surge devido a um grande estreitamento dos vasos linfáticos provocado por tecidos adiposos, de crescimento intenso. A linfa deixa de fluir adequadamente e acumula-se nos tecidos.

Danos consequentes em termos ortopédicos: Devido ao aumento do volume na parte interna das coxas, a mobilidade e a passada podem ficar muito afetadas. Neste caso, podem surgir posições erradas na zona das articulações do tornozelo, do joelho e da anca. Dano do sistema venoso: Se lhe for diagnosticado um lipedema, recomenda-se adicionalmente um exame flebológico do sistema venoso dado que este pode sofrer danos devido à existência de um lipedema. Uma deteção precoce de uma disfunção venosa pode evitar o surgimento de varizes superficiais e danos no sistema venoso profundo ou permite tratar uma patologia venosa já existente.

Para doar via Pix: chave 2968189@vakinha.com.br ou contribua pelo site do Vakinha: Cirurgia de lipedema

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Instituto Estadual do Cérebro realiza cirurgia rara de separação de gêmeos ligados pela cabeça

Após quase quatro anos e nove procedimentos, os irmãos Arthur e Bernardo foram finalmente separados no último mês

#Saúde, #Cirurgia
Uma história emocionante de triunfo da ciência e da fé. Após quase quatro anos e nove cirurgias, os gêmeos Arthur e Bernardo, que nasceram em 2018 unidos pelo crânio (craniópagos), caso raro de ligação, foram finalmente separados. A equipe multidisciplinar do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IECPN), unidade da Secretaria de Estado de Saúde (SES), comemora os resultados bem-sucedidos de cada uma das cirurgias, integralmente custeadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um episódio que entra para a história da medicina brasileira e rendeu ao IECPN o convite para se tornar parceiro da Fundação Gemini Untwined, entidade internacional que apoia e estuda casos de gêmeos craniópagos. Com isso, a equipe do neurocirurgião Gabriel Mufarrej passa a ser referência na América Latina para futuras cirurgias de separação de gêmeos unidos pela cabeça.

- Procedimentos dessa complexidade, com esta magnitude, só são possíveis em unidades do SUS. A família, que veio de Roraima, mora no hospital com as crianças desde o dia em que eles foram transferidos. Esse caso teve o envolvimento e o compromisso de todo o IECPN, não apenas de médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, enfermeiros, mas também da equipe administrativa e de manutenção, que precisou construir uma cama para os gêmeos. E da radiologia, que precisou criar uma forma de fazer os exames, já que os dois não cabiam no aparelho. Foi um compromisso institucional que assumimos com esta família e estas crianças, de muita responsabilidade, seriedade, dedicação e amor - destacou a subsecretária de Atenção à Saúde, Fernanda Fialho, que é pediatra e também cuidou dos gêmeos no período em que chefiou a UTI pediátrica do IECPN.

Em novembro de 2019, a equipe da unidade deu início à série de cirurgias que dariam uma nova perspectiva de vida aos gêmeos. Contraindicadas por inúmeros especialistas, inclusive internacionais, pelo risco de morte, as cirurgias eram complexas, longas e exigiam dedicação integral das equipes envolvidas. O procedimento final de separação dos irmãos foi realizado em duas etapas, nos dias 7 e 9 de junho. Nesta última cirurgia, a equipe do IECPN contou com a ajuda do neurocirurgião inglês Owase Jeelani, considerado o médico mais experiente do mundo na realização desse tipo de procedimento.

- Nós recebemos os meninos quando eles tinham apenas 8 meses de vida, com uma má formação crânio cerebral extremamente rara e complexa. Foram necessárias sete cirurgias de separação. Isso foi um enorme desafio para nós. Cada cirurgia era muito complexa, a mãe deles pedia para devolvermos os filhos dela vivos. Quando você cuida de criança, você cuida também do sentimento da família e isso é uma responsabilidade grande. Esses gêmeos se enquadraram na classificação mais grave, mais difícil e com mais risco de morte para os dois. Estamos muito satisfeitos com o resultado, porque ninguém acreditava nesta cirurgia, mas nós sempre acreditamos que existia uma chance. Quando você tem 1% de chance, você tem 99% de fé - afirmou o neurocirurgião Gabriel Mufarrej, do Instituto Estadual do Cérebro, responsável por todos os procedimentos dos gêmeos.

Com um tipo de ligação raríssima, na proporção de um caso para cada 2,5 milhões nascidos vivos, Arthur e Bernardo compartilhavam o cérebro e também uma veia grande e muito importante, que conduzia o sangue de retorno ao coração dos dois. Num cérebro convencional, cada área tem uma determinada função: motora, visual, de fala, de compreensão da palavra falada, etc. No caso dos meninos, não era possível aos médicos saberem qual era a parte do cérebro responsável por cada função. Por isso, além dos inúmeros exames de imagem, os médicos recorreram a moldes anatômicos em 3D, com o formato do cérebro dos dois, para se guiarem a cada cirurgia. Os moldes garantiam que os cirurgiões pudessem seguir pelas fissuras do cérebro, entrando nos espaços que existiam, e preservando, dessa forma, cada parte da arquitetura cerebral dos meninos.

Além do cérebro, os médicos reproduziram o esqueleto venoso cerebral das crianças. O maior desafio era a desconexão da veia que Arthur e Bernardo compartilhavam para o escoamento do sangue. Um deles teria que ficar sem ela. Por isso, a equipe decidiu fazer as cirurgias em etapas,  para que eles fossem construindo uma nova drenagem venosa.

A literatura mundial recomenda aos médicos iniciarem os procedimentos pelo gêmeo menos favorecido. Os neurocirurgiões do IECPN decidiram, então, começar pelo lado do Arthur, que tinha o cérebro mais malformado. Entretanto, a cada nova cirurgia a equipe se surpreendia com a superação do pequeno,  que se fortalecia cada vez mais. Neste momento, os cirurgiões tomaram a decisão de deixar um pouco de veia para o Arthur também. Entre uma cirurgia e outra, era preciso aguardar de 3 a 4 meses para que os gêmeos se recuperassem. E Arthur conseguiu.

- Num cérebro normal existe também uma veia única, mas com outras veias acessórias de drenagem. As veias dos meninos eram muito fininhas e fracas, por isso as cirurgias foram sendo realizadas aos poucos, para dar a chance, principalmente ao Arthur,  de desenvolver essas veias que eram mais fracas. Ele teve essa capacidade, teve vontade de querer viver também. Foi criando essas veias e ficando em condição de igualdade com o irmão - ressaltou Gabriel Mufarrej.

A equipe de neurocirurgiões repensou a estratégia cirúrgica e criou, então, uma nova técnica, dividindo a veia para os dois irmãos. E foram bem-sucedidos. Somente da quinta para a sexta cirurgia os neurocirurgiões conseguiram separar a parte de cérebro comum aos dois e desconectar grande parte da veia principal. As crianças foram ficando cada vez mais independentes. Mas somente na cirurgia de separação final, Arthur, já com um sistema venoso independente, teve também a chance de sobreviver.

- Nós estamos há quatro anos morando no hospital. Estamos bem cansados, mas a nossa prioridade sempre foi os meninos. A cada cirurgia era um alívio, porque nunca tínhamos a certeza do que ia acontecer em seguida. Mas sempre acreditamos que ia dar certo. Tivemos muita ajuda da equipe do hospital. Todos sempre trataram Arthur e Bernardo como filhos - concluiu, emocionada, Adriely Lima, mãe dos gêmeos.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Mais de 800 cirurgias de catarata estão previstas até esta sexta-feira (22) em Volta Redonda

Serviço foi retomado através do projeto Revi-VER, da Secretaria Municipal de Saúde. Operações serão realizadas até o dia 22 deste mês

#Saude, #Cirurgia, #Catarata, #VoltaRedonda
As cirurgias de catarata voltaram a ser realizadas em Volta Redonda nesta terça-feira (19). A previsão é que 800 cirurgias sejam feitas até a próxima sexta-feira, dia 22. O serviço é gratuito e acontece através do projeto Revi-VER, iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em menos de dois anos, mais de 5 mil cirurgias foram promovidas. 

As operações acontecerão em um centro cirúrgico oftalmológico móvel instalado na Ilha São João. Os pacientes atendidos estavam na fila de espera pelo procedimento e antes da cirurgia foram submetidos a exames pré-operatórios, como o de biometria óptica – utilizado para o cálculo preciso das lentes intraoculares a serem implantadas. Todos os procedimentos, como exames pré-operatórios e acompanhamento pós-cirurgia, ocorrem pelo SUS (Sistema Único de Saúde). 

Pré-operatórios


Cento e sessenta novos exames pré-operatórios serão realizados neste sábado e domingo, dias 23 e 24 deste mês. Os pacientes serão contactados pela Secretaria Municipal de Saúde e deverão comparecer à Ilha São João. 

Novos agendamentos e fila de espera

Podem se inscrever no programa Revi-VER qualquer morador de Volta Redonda que já tenha sido diagnosticado com catarata. A pessoa ou familiar deve procurar o DIPA (Departamento de Informação, Programação e Avaliação), que fica na sede da Secretaria de Saúde, no antigo hospital Santa Margarida, no bairro Niterói. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas. É necessário levar o Cartão SUS ou CPF e documento com foto do paciente. 

As pessoas que já fizeram cadastro para cirurgia de catarata não precisam ir ao DIPA para renovar a solicitação. Todos que estão na fila de espera serão convocados para fazer o procedimento, através de comunicação oficial da Secretaria de Saúde. Eles devem acontecer ao longo dos próximos meses. 

A Prefeitura de Vota Redonda também alerta que não há orientação para que as pessoas procurem atendimento diretamente na Ilha São João.