Rádio Acesa FM VR: #AngradosReis #Medidaprotetiva
Mostrando postagens com marcador #AngradosReis #Medidaprotetiva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #AngradosReis #Medidaprotetiva. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 28 de junho de 2022

Levantamento mostra que uma mulher pediu medida protetiva por dia em Angra dos Reis

Um levantamento do Ministério Publico mostrou que em média uma mulher por dia requereu medidas protetivas após serem vítimas de violência doméstica (foram 140 casos, sendo 115 concedidas pela Justiça). Desse total, 21 (18%) retornaram algum tempo depois para abrir mão da medida.

"Ao longo do ano passado reparamos que muitas mulheres que pediam medida protetiva retornavam pouco tempo depois para retirá-la. Essa quantidade chamou atenção e quisemos entender o motivo disso", explica o promotor de Justiça Heleno Nunes Filho, titular da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Angra dos Reis, que conclui: "Em cinco meses, conseguimos observar que costumam ser os mesmos e que boa parte deles gira em torno de desinformação".

A desinformação é ilustrada em casos como o de uma mulher que, pouco depois de sofrer violência e obter uma medida protetiva contra o agressor (pai de seu filho), solicitou desistência, por temer perder a guarda da criança. Esse episódio não foi isolado. A principal justificativa para as mulheres solicitarem a revogação é justamente a insatisfação de crianças que sentem falta do pai. A promotora de Justiça Fernanda Coutinho, titular da 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Angra dos Reis, ressalta, entretanto, que essa questão pode ser resolvida sem afastar a proteção da mulher, uma vez que a convivência do filho com o pai deve ser garantida mesmo com restrições de aproximação ou contato com a ofendida.

"Na hipótese de terem filhos, a vítima pode indicar uma pessoa para fazer essa intermediação. E se não houver um familiar ou conhecido para fazer isso, o Conselho Tutelar deve viabilizar esses encontros", relata Fernanda Coutinho: "Mas muitas vezes, infelizmente, as mulheres preferem se colocar em risco para evitar dar trabalho, pedindo para uma outra pessoa ser intermediária".

Os dados desses primeiros meses de levantamento mostram que três justificativas se sobressaem, correspondendo a 70% do total: "Meus filhos com ele sentem falta do pai e as medidas atrapalham a convivência entre eles" (30% dos casos); "Não desejo prejudicar o agressor" (21%); "Retomei o relacionamento com o agressor" (18%).

Fernanda Coutinho explica que, a partir dessa constatação, poderão ser articuladas ações com outros órgãos para aumentar a conscientização. "Estamos fazendo reuniões com a OAB Mulher, planejando palestras em escolas, encontros com mulheres. A ideia é que as informações possam ajudar a formular políticas públicas".

O formulário funciona da seguinte maneira. Sempre que uma mulher procura o MPRJ ou o Juizado para relatar que não são mais necessárias as medidas protetivas, ela recebe um documento para explicar o motivo. É possível descrever a razão ou marcar entre as cinco opções mais comuns identificadas pelas promotorias ao longo do ano passado: retomada de relacionamento com o agressor; desejo de não prejudicar o agressor; dependência econômica do agressor; falta de tempo para seguir com o processo; filhos que sentem falta do pai e as medidas atrapalham a convivência.

Coordenadora do CAO Violência Doméstica/MPRJ, a procuradora de Justiça Carla Araújo destaca a importância do trabalho. "Parabenizo o trabalho dos colegas. Esse tipo de formulário nos traz informações objetivas que permitem diagnosticar uma questão e pensar em abordagens".

domingo, 12 de junho de 2022

Homem é preso por ameaça e descumprir medida protetiva em Angra dos Reis

Policiais civis da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense, prenderam, nesta quinta-feira, dia 9, um homem pelos crimes de descumprimento de medida protetiva e ameaça. Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva em aberto.

De acordo com os agentes, o preso descumpriu uma medida de afastamento comparecendo, diariamente, à casa da vítima. Em uma das ocasiões, a ex-companheira relatou que ele estaria portando uma arma de fogo. As constantes ameaças eram feitas diretamente à vítima ou através do filho do casal, de nove anos de idade.

A prisão foi realizada no Parque Mambucaba, e o autor não ofereceu resistência. Cumpridas as formalidades legais, o homem foi encaminhado ao sistema prisional, e permanece à disposição da Justiça.