Uso excessivo dificulta coordenação dos olhos em atividades feitas de perto, como as tarefas escolares
Segundo o oftalmologista, Aldo Barcia, 30% das crianças que vão ao consultório têm o problema. Ao passarem horas por dia grudados nas telinhas dos aparelhos, os pequenos usam demais a capacidade de olhar para dentro e focar para perto, de acordo com o especialista. A visão, compara ele, é como se fosse uma orquestra. Os músculos externos e internos dos olhos devem funcionar em harmonia com o centro motor do cérebro, que controla tudo
Apesar de reversível, o paciente com insuficiência de convergência tem dificuldade em coordenar os dois olhos ao fazer atividades próximas, como as tarefas escolares. Isso porque já existe uma tendência para os olhos se desviarem para fora. O problema não pode ser percebido por quem convive com o portador.
O oftalmologista aconselha os pais a ficarem atentos às queixas mais comuns. Dor de cabeça no fim da tarde e desmotivação ao ler são recorrentes. É preciso consultar um médico depressa, para fazer exames como o de refração e o chamado ‘Cover Test’.
Para prevenir, o ideal, segundo Barcia, é estipular intervalos de 15 minutos a cada quatro horas usando os aparelhos. “A tecnologia ajuda os pequenos em vários aspectos.Não é preciso demonizá-la, só regular o uso,” opina. Por outro lado, o também oftalmologista Luciano Gonçalves defende que há limites de idade para usar aparelhos. “Pais dão tablets para sossegar filhos em público, mas o ideal é só liberá-los para uso após os 5 anos,” diz. O tratamento é com fisioterapia, através de exercícios que usam um prisma. Dez sessões são suficientes para que haja melhora.
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