Rádio Acesa FM VR: Funcionários dormem em Subprefeitura em véspera de protesto e o MPT vai apurar

domingo, 30 de abril de 2017

Funcionários dormem em Subprefeitura em véspera de protesto e o MPT vai apurar

Funcionários passaram a madrugada de quinta para sexta-feira na Subprefeitura de Pinheiros por causa da paralisação e a falta de transportes; subprefeito diz que iniciativa partiu dos servidores.
Subprefeito Paulo Mathias gravou vídeo dizendo que iniciativa partiu dos seis servidores (Foto: Reprodução/Facebook/Paulo Mathias)Seis funcionários da subprefeitura de Pinheiros, em São Paulo, dormiram no serviço por causa da paralisação em movimento da greve geral, na última sexta-feira, dia (28) para evitar maiores transtornos em decorrência da paralisação e atos contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo federal.
 
O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, determinou que o Ministério Público do Trabalho São Paulo (MPT-SP) apure a informação.

Em vídeo publicado em sua página no Facebook, o subprefeito Paulo Mathias anunciou que os seis funcionários decidiram, de forma espontânea, dormir na subprefeitura porque não teriam transporte público para ir ao trabalho. "Somos a favor do direito à greve, mas não em dia de trabalho. Queria olhar para vocês e dizer: 'Aqui na prefeitura de Pinheiros amanhã (sexta-feira) é dia de trabalho", disse Mathias.

O procurador-geral disse que se for comprovado que os funcionários foram obrigados a fazer isso pelo subprefeito, Mathias poderá ser processado por abuso de poder e o município poderá sofrer também ação civil pública. “Não é possível que em pleno século 21, uma administração pública obrigar seus funcionários a dormirem no local de trabalho, afastando-os do convívio familiar”. 

Os funcionários gravaram outro vídeo afirmando que pediram para dormir na Subprefeitura. Um dos trabalhadores diz que com os amigos resolveram conversar com o subprefeito para dormir na sede da subprefeitura. "O subprefeito deu para a gente colchão, coberta e lanche", disse o funcionário João, alegando que mora em Ibiúna. Outro funcionário afirmou: "Eu sou funcionário público e meu nome é trabalho."

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