Rádio Acesa FM VR: RIO DE JANEIRO: Estado é recordista em casos de tuberculose no país

segunda-feira, 10 de abril de 2017

RIO DE JANEIRO: Estado é recordista em casos de tuberculose no país

O Governo Federal se prepara para lançar ainda este ano o Plano Nacional Para o Fim da Tuberculose, em parceria com estados e municípios. O Rio de Janeiro é um dos principais alvos do projeto por estar entre os estados líderes em vítimas da doença no país. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados no ano passado, o Rio registrou 61 casos a cada 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Amazonas, aonde o índice chegou a 67 infectados para cada 100 mil habitantes. A doença é transmitida de pessoa para pessoa por meio da tosse, espirro ou fala, e o diagnóstico e o tratamento precoce são essenciais para evitar novas contaminações, como explica a Coordenadora do Programa Nacional de Controle a Tuberculose do Ministério da Saúde, Denise Arakaki.

Denise Arakaki, coordenadora Programa Nacional de Controle Tuberculose do Ministério da Saúde.

“Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento tem que ser feito o mais precocemente possível, porque quando tratamos o indivíduo deixa de contaminar outras pessoas nas próximas duas semanas. Então, para proteger seus familiares e sua rede de contatos é recomendável que se inicie o tratamento o mais precocemente possível. Além disso, o tratamento faz com que as condições clínicas do individuo se revertam rapidamente, o paciente volta a ganhar peso, volta a ter mais disposição para o trabalho.”

A taxa de mortalidade por tuberculose no Brasil caiu 15,4% entre 2006 e 2015, mas o Rio de Janeiro continua em alerta, com uma das maiores médias nacionais: cinco óbitos a cada 100 mil habitantes. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que o objetivo é reduzir em 90% a incidência de tuberculose no país até 2035 e ressaltou a importância de amigos e familiares no apoio ao doente.

Ricardo Barros, ministro da Saúde.

“Fazemos aqui um apelo aos familiares, aos amigos das pessoas portadoras de tuberculose, que estimule essas pessoas a buscar o tratamento. É um bom tratamento que o SUS oferece e, certamente, com isso, além de atingirmos as nossas metas e os nossos compromissos com a Organização Mundial da Saúde, teremos mais qualidade de vida, mais conforto e mais saúde aos brasileiros.”

No primeiro momento, a doença pode apresentar apenas tosse prolongada como sintoma. O tratamento pode ser feito gratuitamente pelo SUS e dura em média seis meses para tuberculose pulmonar, podendo chegar a 12 meses nos casos de tuberculose óssea e cerebral. É fundamental que o tratamento não seja interrompido nesse período para garantir a cura total do paciente. A Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, bactéria transmissora da tuberculose, tem facilidade para se devolver em certos ambientes fechados, como detalha Denise Arakaki.

Denise Arakaki, coordenadora Programa Nacional de Controle Tuberculose do Ministério da Saúde.

“Ambientes aglomerados com pouca ventilação, com pouca radiação solar, com número excessivo de pessoas compartilhando o mesmo espaço. Esses ambientes podem propiciar a disseminação dos bacilos e a contaminação dessas pessoas. Além disso, algumas pessoas podem ter condições físicas que propiciem o desenvolvimento da tuberculose.” 

Entre as condições físicas que favorecem o contágio estão as pessoas contaminados pelo vírus do HIV, diabetes e tratamentos com imunossupressores. O diagnóstico da doença é feito por meio de um teste de escarro ou catarro, onde será detectado o bacilo da tuberculose e o resultado sai em menos de 24 horas pelo SUS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela sua mensagem. Entre em contato com a nossa redação através do WhatsApp (24) 9 9914-5825