Professora Clarete Braz Patrocínio/Foto: Rádio Acesa FM |
De acordo com a professora, o projeto é formado por crianças e adolescentes em idade escolar que tocam vários ritmos afros, como jongo, ijexá, baião, coco, samba, maculelê e funk, e, se apresentam ao publico cantando: “Eu sou menino do batuque, batedor de lata, levando a música no muque, tambor de sucata”.
O projeto nasceu em 2007 como atividade pedagógica e se desenvolveu com reciclagem e batuque, podendo através de cada criança aderir a sua própria cultura, seu estilo sem sair do seu mundo, disse Claudete.
O som é tirado de materiais destinados ao lixo, como latas de óleo, de tomate, e tintas de plástico, onde o próprio integrante desenvolve o seu instrumento. Segundo a educadora, a ideia de unir a reciclagem e batuque foi o segredo para desenvolver este trabalho que deu certo — “hoje temos adolescentes que completaram a sua maior idade e tirou o mundo da música para a sua carreira profissional”.
Mesmo nunca tendo estudado música, a professora explica que a experiência da rua, assim como esses meninos, faz com que o trabalho seja desenvolvido de uma maneira bem fluente, acrescentando que a criança ganha a oportunidade de conhecer o seu talento e acaba se ocupando com o trabalho educacional.
Os Meninos do Batuque já se apresentaram na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em feiras e em escolas de Volta Redonda.
Clarete destaca que o projeto não recebe ajuda de governo e entidade alguma — nós fazemos de acordo com aquilo que arrecadamos e aproveitamos com as doações, tudo feito com dedicação e esforço próprio.
O propósito é levar a criança entender que ela pode realizar o sonho através da oportunidade e seguir a vida fazendo o que ama.
Além do projeto 'Meninos do Batuque', Clarete é educadora de percussão, coordenadora do projeto 'Garoto Cidadão' desenvolvido na fundação CSN e mestre de bateria do Bloco da Vida.
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