Lula é o primeiro ex-presidente da história do Brasil a ser preso por crime comum.
Às 18h40, o petista deixou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP) e entrou em um carro da PF, onde seguiu em comboio para a Superintendência da Polícia Federal e depois para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Lula cumprirá pena em Curitiba (PR), pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex em Guarujá (SP). Em janeiro, o ex-presidente teve a condenação dada pelo juiz Sérgio Moro em primeiro grau, confirmada pela 8ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. Na ocasião, os desembargadores aumentaram a pena de Lula, de nove anos e meio, para 12 anos e um mês de prisão.
O juiz Sergio Moro havia estipulado que Lula deveria se entregar até às 17h de sexta-feira (6), no entanto, o político ignorou a ordem e seguiu no Sindicato dos Metalúrgicos. Na manhã deste sábado, Lula participou de uma missa em homenagem a Marisa Letícia, sua falecida esposa.
Ao longo do dia, a defesa de Lula seguiu em negociação com a PF para que o petista pudesse se entregar, o que ocorreu no início da noite. Por volta do meio dia, Lula chegou a discursar para apoiadores e correligionários presentes no Sindicato.
No decreto de prisão, Moro informou que uma sala na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, está reservada para o ex-presidente. No local, o petista ficará separado dos demais presos, sem que haja risco para sua integridade moral ou física.
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