De acordo com a entidade, tais peças fazem propaganda de forma velada de produtos ao público infantil, o que fere a lei
(Foto: reprodução / Russia Beyond) |
Segundo o jornal Folha de São Paulo, a ação começou a partir de um inquérito civil que envolvia a fabricante de brinquedos Matel do Brasil, a partir de uma ação divulgada pela youtuber mirim Júlia Silva. Em uma série de doze vídeos, eram lançados desafios relacionados aos personagens da Monster High, com os vencedores convidados a participar de um evento na sede da empresa.
Baseado nesta ação, o inquérito investigava o “uso de estratégias abusivas de comunicação mercadológica dirigida ao público infantil”. A assessoria psicossocial do MP analisou o tema e concluiu que “diversas empresas, aproveitando-se da hipervulnerabilidade tanto da criança youtuber, como da criança espectadora, passaram a enviar seus produtos a esses influenciadores digitais para que eles os desembrulhassem, apresentassem, como verdadeiros promotores de vendas”.
A partir desta análise, o promotor Eduardo Dias decidiu pedir à Justiça que o Google – controlador do YouTube – faça a retirada dos vídeos de sua plataforma de streaming. Além disso, o MP notificou empresas que aderiram à prática para tentar um acordo para que elas se abstenham de fazer propaganda disfarçada por meio de influenciadores mirins.
Contatado, o Google afirma que não comenta casos isolados.
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