De acordo com o Ministério Publico do Rio de Janeiro, que investigou o caso, o vereador teria cobrado o valor para evitar o impeachment do prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva. Ele estava em um carro alugado com placa adulterada, em um ponto da capital fluminense.
A coordenadoria da CSI/MPRJ montou um esquema de monitoramento do vereador suspeito, desde o carnaval.
O MPRJ e a CIAF apuram a denúncia de que três vereadores teriam cobrado uma quantia em dinheiro, mais um valor que deveria ser pago mensalmente para não estimular o impeachment que foi votado no início de março na Câmara Municipal de Volta Redonda. O prefeito acompanhado de seu advogado procurou o MPRJ e informou que teria conseguido gravar, por meios próprios, a cobrança da propina.
No dia da votação do impeachment a maioria dos vereadores votou contra a abertura do processo. Após a votação, o vereador ligou para o prefeito e disse que a votação ocorreu como ele havia prometido e que gostaria de marcar um encontro para receber a propina. As gravações feitas pelo prefeito, além de anotações de valores realizadas pelo vereador, entre outras provas coletadas estão sendo analisadas. O vereador foi conduzido para a unidade, onde prestou depoimento. Ele foi autuado em flagrante pelos crimes de corrupção passiva e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
As investigações prosseguem para esclarecer todas as circunstâncias do caso. O prefeito e os outros dois vereadores também serão ouvidos.
A ação contou com a participação, além do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (GAOCRIM/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), por meio da Coordenadoria de Investigação de Agentes com Foro (CIAF).
Em nota, o prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, informou que foi vítima de tentativa de extorsão por parte do vereador. Por não concordar com situação, foi feito a denuncia. A partir daí, todas as orientações do órgão foram seguidas rigorosamente.
Ele ainda disse que é a primeira vez, na condição de prefeito, que sofre uma tentativa de extorsão dessa natureza.
Pedido de afastamento do vereador Paulinho
O vereador Rodrigo Furtado (PTC) disse ao repórter André Aquino (Tribuna Sul Fluminense) que vai protocolar o pedido de afastamento do vereador Paulinho do Raio-X, nesta segunda-feira (9) em plenário será decida pela mesa diretora da casa legislativa
Rodrigo Furtado é relator da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara de Volta Redonda e também é advogado.
Com a prisão, o afastamento do cargo não é automático. A avaliação precisa passar pelo plenário da Câmara de Vereadores após o requerimento de algum vereador.
Além disso, o afastamento também não faz com que ele perca o mandado de forma automática e nem o suplente assume. O cargo fica vago até a decisão dos seus pares na Câmara, segundo juristas.
0 Comentários