Pacientes participam de programa de reabilitação após Covid-19, em Pinheiral

Tratamento fisioterapêutico é oferecido pela Clínica Municipal de Fisioterapia Carmem Vergetti Leite Franco

Os problemas causados pela Covid-19 muitas vezes vão além do período em que o vírus está no organismo. Alguns pacientes apresentam sequelas após a doença e necessitam de cuidados e atenção. Entre elas estão a função pulmonar prejudicada, fadiga, fraqueza muscular, diminuição da mobilidade da capacidade de realizar atividades de vida diária. Com o objetivo de garantir uma recuperação e melhorar a qualidade de vida do indivíduo, a Clínica Municipal de Fisioterapia Carmem Vergetti Leite Franco dispõe dos serviços de reabilitação respiratória e motora. 

O operador de máquina, Pedro Paulo Leal Esteves, 49 anos, morador do Cruzeiro II, diagnosticado com Covid-19, perdeu cerca de 80% da sua função pulmonar. Ele conta que ficou 13 dias internado, sete para tratamento intensivo com uso de oxigênio contínuo. Ele teve alta no dia 5 de abril, no dia 06 ele iniciou a fisioterapia. 

“Fiquei hospitalizado do dia 24 de março a 05 de abril. Fiquei grave, sete dias na UTI, mas graças a Deus eu saí. Quando comecei a fazer fisioterapia estava com a saturação bem baixa, não aguentava nem andar, hoje já estou respirando melhor, com a saturação já controlada. Faço exercícios até em casa através da indicação da fisioterapeuta”, relatou.

 A fisioterapeuta, Flávia Ferreira da Silva, coordenadora do departamento de fisioterapia do município, explica como ocorre o tratamento fisioterapêutico após a cura da Covid-19. “Alguns pacientes permanecem com sintomas ou desenvolvem novos problemas ligados à doença e chegam para reabilitação através de encaminhamento médico. O plano de tratamento será elaborado de acordo com o fisiodiagnóstico encontrado na avaliação do paciente”, explica. 

Segundo a coordenadora, o trabalho realizado pela clínica conta com a parceria da Academia da Saúde, visando um melhor condicionamento físico do paciente, sendo a faixa etária entre 18 a 59 anos e, com a Saúde Mental, quando se percebe a necessidade do paciente ser avaliado por apresentar distúrbios mentais ou psicológicos decorrentes da doença.