Segundo a nota, houve falta de decoro, teor de desrespeitoso e preconceituoso com os profissionais da educação, seus representantes sindicais, as religiões e a todos que professam a fé de matriz africana.
De acordo com a nota, os comentários dos vereadores revelaram uma total ignorância sobre as condições de trabalho e as demandas dos profissionais mencionados, além da intolerância, preconceito e discriminação religiosa, que se perpetuam até hoje, que minimiza e menospreza e destila preconceitos de várias ordens contra as religiões de matriz africana.
"Reiteramos nosso compromisso com a educação e com todos os trabalhadores e trabalhadoras, a urgência de garantir a laicidade do Estado e a liberdade ao culto religioso, e entendemos que, mesmo no âmbito da vida privada, expressar-se livremente não condiz com ferir a dignidade alheia e apregoar a discriminação de qualquer natureza."
"Apoiado pela Câmara de vereadores, o Executivo Municipal vem, desde o primeiro mandato, num processo gradativo de desvalorização dos profissionais e precarização da infraestrutura da Rede Pública de Ensino, iniciado com o ato antidemocrático de extinção da eleição dos diretores, passando pelo aumento da carga horária dos profissionais sem a correspondente remuneração, e culminando agora com o projeto de lei para retorno das aulas presenciais nas escolas sem a garantia de proteção aos profissionais, num momento de agravamento da pandemia no município, região e estado, sem os suficientes recursos médicos/hospitalares e com o aumento dos casos de morte."
"Esta tendência de não garantir a população uma educação pública, universal, gratuita e de qualidade alcançou o fundo do poço em sessão da câmara do dia 14 de abril de 2021, com o discurso de ódio, desrespeito, preconceito e imoralidade proferido pelos vereadores Daniel Maciel e Eduardo Pimentel e cumpliciados por outros vereadores, que permaneceram calados, em um silêncio conivente."
Os membros do Sindicato estavam na porta da Câmara exercendo pacificamente a defesa dos interesses dos profissionais da educação quando foram atacados.
"O papel constitucional do vereador é propor e aprovar leis que beneficiem a população, fiscalizar os atos do prefeito e secretários, e indicar obras/serviços públicos de interesse comum, não estando previstas em suas atribuições a função de ofensores públicos de categorias profissionais como a dos professores."
"Repudiamos todo tipo de hostilização, perseguição, preconceito, discriminação, desrespeito, falta de decoro na tribuna, ou qualquer tipo de tentativa de opressão das manifestações e lutas dos trabalhadores que defendem a vida acima de tudo. Ficamos à disposição das vítimas de mais essa barbárie para cobrar e exigir providências para que esse episódio seja exemplarmente elucidado e que fatos como esse não se repitam em Barra Mansa."
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