Rádio Acesa FM VR: Impacto do pandemia na vida dos jovens e adolescentes

domingo, 12 de setembro de 2021

Impacto do pandemia na vida dos jovens e adolescentes

Jovens e adolescentes são os mais impactados. Mulheres também sofrem por violência autoprovocada: correspondem a 72,4% dos casos registrados na rede pública em 2020


Os jovens e adolescentes estão passando a pandemia de forma mais complexa que as outras faixas etárias. Na época de formar a personalidade e criar experiências para a maturidade, eles viram o momento de conquista da liberdade ser impedido por causa do risco de contágio da Covid-19. Se para a sociedade como um todo aprender a viver mais isolado é difícil, para esses jovens e adolescentes é uma missão ainda mais desafiadora, reconhecem os especialistas.

Para embasar as políticas públicas de saúde e alertar a sociedade, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio fez um levantamento sobre cada geração para analisar como os fluminenses estão sendo impactados nesta época de pandemia.

No biênio 2019 e 2020, a maior vulnerabilidade está nas faixas etárias de 20 a 39 anos e 15 a 19 anos, respectivamente. Os primeiros figuram em 45% das notificações de violência autoprovocada, enquanto os segundos são responsáveis por 22% delas.

“No levantamento notamos também que, no estado do Rio de Janeiro, a taxa de mortalidade tem aumentado gradativamente. Os homens são os que mais sofrem, com taxa de morte três vezes superior às mulheres. As mulheres, por sua vez, são as que mais sofrem por violência autoprovocada, chegando a 72,4% do total dos casos registrados na rede pública em 2020. E o número desses registros dos casos autoprovocados tem aumentado bastante nos últimos anos.

Outro fenômeno que percebemos é o crescimento mais forte dos registros de violência em geral para o sexo feminino, tanto suicídios, quanto notificações de violência autoprovocada”, explica a coordenadora de Vigilância e Promoção da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Eralda Ferreira.

A realidade brasileira precisa de ainda mais atenção porque, enquanto no mundo houve redução de 36% na taxa global de mortalidade por suicídio nos últimos 20 anos, nas Américas, o movimento foi o inverso e registrou crescimento de 17% na taxa de mortalidade por suicídio no mesmo período. No Brasil, esta ampliação também foi verificada, e o último levantamento realizado mostrou que, nos últimos dez anos, houve aumento no número de mortes por cada 100 mil habitantes, passando de 4,95, em 2009, para 6,42, em 2019, um crescimento de 30%.

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