Rádio Acesa FM VR: Volta Redonda sedia debate sobre o Fundo Soberano à Região Médio Paraíba

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Volta Redonda sedia debate sobre o Fundo Soberano à Região Médio Paraíba

Proposta da agenda é ouvir a sociedade sobre investimentos estruturantes para dinamizar a economia do estado

CDL-VR
Acontece nesta sexta-feira, dia 19 de novembro, o debate sobre o Fundo Soberano aos prefeitos da região do Médio Paraíba do estado. O encontro vai ser presidiado pelo presidente da Alerj, André Ceciliano (PT) e participarão deputados estaduais, além das autoridades, acadêmicos, empresários e representantes de organizações sociais. O evento acontece das 9h às 13h na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), na Rua Simão da Cunha Gago, nº 19, no bairro do Aterrado. Em respeito às regras sanitárias, o evento é restrito a convidados e será transmitido pela TV Alerj (canais 10.2 UHF e 12 NET) e no Youtube. O uso de máscaras será obrigatório.

O objetivo do debate é apresentar a Emenda Constitucional 86/21, que criou o fundo. Ele é uma poupança com recursos dos excedentes dos royalties e participações especiais do petróleo para ser usada em momentos de crise (no limite de 30% do seu saldo) e também para financiar o desenvolvimento do estado a médio e longo prazos.

Este é o terceiro encontro regional promovido pela Alerj. O primeiro foi em Itaguaí, dia 15/10, e o segundo em Campos dos Goytacazes, em 29/10.

“A exemplo do que fazem os países produtores de petróleo, o Fundo Soberano poderá financiar investimentos em infraestrutura, ciência e tecnologia, projetos âncoras de desenvolvimento, gerando emprego, renda e riqueza, pensando o Rio além do petróleo. Estamos num momento muito bom do ponto de vista da arrecadação, então é hora de planejar o estado de forma a diversificar a nossa base produtiva, hoje muito dependente dos royalties, de modo a aumentar a nossa receita com bases sólidas, que é o nosso grande problema”, afirma Ceciliano.

O debate vai envolver os municípios de Volta Redonda, Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Rio das Flores e Valença. A expectativa é de que sejam discutidos projetos estruturantes para o incremento da economia regional. A Emenda Constitucional 86/21 foi promulgada, em junho, pelo presidente da Alerj, autor original da proposta. O texto, aprovado por unanimidade na Casa, será regulamentado por Projeto de Lei Complementar (PLC). A tramitação já foi iniciada no plenário da Casa, no dia 26/10, e a votação ocorrerá após as audiências públicas.

A emenda prevê que, toda a vez que houver aumento de arrecadação dos royalties de petróleo, 30% dos recursos serão depositados no Fundo Soberano.

Ele vai funcionar como uma poupança para momentos de crise, como a que o Rio viveu em 2016. Também será um fundo de investimentos, como existe nos países que são grandes produtores de petróleo, como Noruega, Canadá e Emirados Árabes. O fundo também é composto por 50% das receitas recuperadas
de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), decisões administrativas, judiciais ou indiciamentos legislativos referentes à exploração de petróleo e gás.

Desafios regionais


Entre os projetos já apresentados nas audiências regionais do fundo, destacam-se a construção de uma rota de dutos de gás natural e o incremento da indústria naval, na região de Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica. A equiparação de incentivos fiscais com estados vizinhos, a construção de ligações rodoviárias e a instalação de uma fábrica de fertilizantes foram as principais propostas sugeridas no encontro de Campos, com os municípios da Região Norte.

Levantamento realizado pela Assessoria Fiscal da Alerj revela que o Médio Paraíba tem uma estrutura econômica bem organizada em comparação às demais regiões do estado, com um bom índice de formalização do emprego, graças ao nível de industrialização. O percentual entre a oferta de empregos formais da indústria e o total da população é de 5,5% quando a média do estado é de 2,3%. Reflexo disso é que a região foi a que teve o menor número de moradores requisitando o auxílio emergencial federal em 2020 no estado. O relatório aponta o adensamento e a diversificação da cadeia produtiva como o caminho para a consolidação do desenvolvimento local.

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