Rádio Acesa FM VR: Justiça decreta prisão de policial civil acusada de atirar em mulher

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Justiça decreta prisão de policial civil acusada de atirar em mulher

Carla Patrícia Novaes da Silva de Melo
Foi decretado a prisão preventiva da policial civil Carla Patrícia Novaes da Silva de Melo, acusada de ser a autora dos disparos da arma de fogo contra Isadora Calheiros Gomes Pedroza, atingindo-a na região da cabeça e provocando sua morte. O homicídio foi cometido no dia 26 de novembro, por volta das 11 horas, em frente ao imóvel localizado à Rua Santa Rita, nº  874, em Queimados, e teria sido motivado pelo fato de o marido da acusada, Everton, ter mantido relação extraconjugal com Isadora.

De acordo com depoimentos de testemunhas colhidos na fase de inquérito policial, além do ciúmes, o fato da empresa do marido estar registrada no nome da vítima também foi apontado como motivação para o crime. A amiga de Isadora, Kariane, declarou que, antes da ocorrência do homicídio, a policial Carla Patrícia, lotada na 55ª Delegacia Policial de Queimados, assediou a vítima, chegando a comparecer ao seu local de trabalho com o intuito de prejudicá-la.

Segundo declarou, “a vítima teria ficado desesperada ao saber que a denunciada teria ido até o seu local de trabalho e - temendo que Carla Patrícia continuasse com o seu intento - a vítima revelou à amiga que desejava conversar com a policial para que fosse esclarecido o término do caso com o seu esposo.”

O magistrado considerou, na decisão, haver elementos suficientes que levam aos indícios de autoria do crime pela policial civil.

“Os elementos de convicção trazidos a exame deixam revelar a contento relevantes indícios de autoria e prova da materialidade do crime, tal como se extrai das declarações da testemunha ocular Gilmar, do esposo da ré, além das declarações das amigas da vítima e da própria denunciada que, apesar de tentar se livrar das acusações ao dizer que teria 'repelido injusta agressão de Isadora', confirmou que foi efetuado disparo com sua arma de fogo.”

Isadora Calheiros Gomes Pedrosa, de 25 anos, morreu com um disparo de pistola da Policial
O juiz Luís Gustavo Vasques, titular da Vara Criminal da Comarca de Queimados, na Baixada Fluminense, avaliou que a decretação da prisão da acusada era necessária para garantia da ordem pública.

“Nota-se que a prisão da ré é imprescindível para garantia da ordem pública e para a conveniência da instrução criminal. Isso porque se trata de crime de homicídio cometido por policial civil, com a utilização de arma funcional, cuja função é coibir a prática de ilícitos e não se valer de sua arma para praticar crimes, o que evidencia a necessidade de sua prisão.”

No seu entendimento, o fato de Carla Patrícia ser policial poderia influenciar na instrução do processo, especialmente, em relação às testemunhas que serão ouvidas pelo juízo.

“Ademais, certo é que a ré se aproveitando de sua função de policial poderá influenciar o ânimo das testemunhas e, por consequência, comprometer a instrução probatória. Verifica-se que as testemunhas ainda não foram ouvidas em sede judicial e, diante das peculiaridades do caso, a prisão da denunciada servirá para proporcionar um ambiente de relativa segurança, no qual poderão contribuir para o adequado esclarecimento dos fatos, sem qualquer sorte de constrangimento.”

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