Rádio Acesa FM VR: Alerta para leptospirose após temporal em Petrópolis

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Alerta para leptospirose após temporal em Petrópolis

Segundo especialistas da SES, o aumento de casos da doença pode estar associado a chuvas fortes e enchentes

A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS), emitiu uma nota técnica ao município de Petrópolis e demais cidades da Região Serrana quanto à prevenção da leptospirose e diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas a períodos chuvosos. O alerta foi enviado após a ocorrência de enchentes no município de Petrópolis, na última semana, e tem como objetivo evitar casos graves e óbitos pela doença.

Um alerta preventivo já havia sido enviado a todos os municípios do estado, em dezembro, devido ao início do período das chuvas. A recomendação da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da SES é que as pessoas que tiveram contato com a água das enchentes ou lama e que apresentem febre associada a dores de cabeça ou associada a dores musculares, procurem uma unidade de saúde.

- Diante do cenário em que se encontra a cidade de Petrópolis, reforçamos as recomendações. É muito importante que a população procure imediatamente um médico caso apresente sintomas compatíveis com a doença. Os serviços de saúde devem atentar para a inserção da leptospirose na suspeição clínica e diagnóstico diferencial de casos suspeitos de dengue, chikungunya e zika -  diz o secretário de estado de Saúde, Alexandre Chieppe.

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 2012 a 2021, foi registrada uma média de 234 casos prováveis (notificados, exceto descartados) de leptospirose por ano de início de sintomas. No ano de 2011, com a ocorrência de chuvas fortes e enchentes no estado do Rio de Janeiro, foram notificados 704 casos prováveis da doença, com 35 óbitos por esse agravo.

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda podendo variar de formas inaparentes até graves. A fase precoce dura aproximadamente 3 a 7 dias e, geralmente, caracteriza-se pelo aparecimento repentino de febre, acompanhada de dor de cabeça, dor muscular, anorexia, náuseas e vômitos, o que dificulta o diagnóstico diferencial de outras doenças febris agudas como a dengue, por exemplo. Na fase tardia da doença, o paciente poderá apresentar icterícia, insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar.

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