Rádio Acesa FM VR: Dia 21 de fevereiro: data da morte de Juarez Antunes

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Dia 21 de fevereiro: data da morte de Juarez Antunes

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Foto: reprodução da internet
Foi na data de hoje, em 1989, que José Juarez Antunes, ex-operário, líder sindical, ex-deputado federal e ex-prefeito de Volta Redonda, faleceu. 

Juarez foi vitima de acidente de transito durante viagem a Brasília para devolver as chaves do apartamento funcional, quando exercia o mandato de deputado federal, ele tinha renunciado ao cargo para ser prefeito da cidade do aço.

O carro oficial saiu da estrada na altura da cidade de Felixlândia (MG) e caiu em uma ribanceira atingindo uma arvore. 

As circunstâncias do acidente e o conturbado contexto político em Volta Redonda naquele ano levaram alguns líderes sindicais e comunitários a suspeitarem de assassinato. Foi substituído pelo vice-prefeito Wanildo de Carvalho (falecido em 1º de abril de 2018).

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Foto: reprodução da internet - carro em que estava o prefeito durante o acidente

Nascido em Estrela D’Alva (MG) no dia 7 de fevereiro de 1935, filho de José Antunes Filho e de Guaraciaba Jardim Antunes.

Foi empregado da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda (RJ), na função de mestre de forno de aço. O trabalho e a atividade política o impediram de terminar o curso de engenharia civil da Faculdade de Engenharia Civil de Barra do Piraí. Iniciou sua vida política no Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado no país em abril de 1964. Com o fim do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a consequente reformulação partidária, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), criado para substituir o MDB. Posteriormente, transferiu-se para o Partido dos Trabalhadores (PT).

Em dezembro de 1982, foi desligado da CSN por causa de sua militância sindical. No ano seguinte, foi eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Barra Mansa e Resende (RJ), tendo exercido o cargo por dois mandatos consecutivos, e participou da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da qual seria eleito sucessivamente membro da direção nacional.

Em junho de 1984, liderou a primeira greve da história da CSN (fundada em 1941), quando 28 mil empregados paralisaram suas atividades. Neste ano, viajou à União Soviética como representante da CUT. Em 1985, desfiliou-se do PT por divergências com a direção. No mesmo ano, viajou a Cuba como representante da CUT.

No pleito de novembro de 1986, foi eleito deputado federal constituinte pelo Rio de Janeiro na legenda do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Empossado em fevereiro seguinte, tornou-se membro da Subcomissão dos Direitos dos Trabalhadores e Servidores Públicos, da Comissão da Ordem Social.

Na Constituinte, votou a favor do rompimento de relações diplomáticas com países de orientação racista, da limitação do direito de propriedade privada, do mandado de segurança coletivo, da legalização do aborto, da remuneração 50% superior para o trabalho extra, da jornada semanal de 40 horas, do turno ininterrupto de seis horas, do aviso prévio proporcional, do voto facultativo aos 16 anos, do presidencialismo, da nacionalização do subsolo, da estatização do sistema financeiro, da instituição do limite de 12% ao ano para os juros reais, da limitação para os encargos da dívida externa, da proibição do comércio de sangue, da criação de um fundo de apoio à reforma agrária, da anistia aos micro e pequenos empresários, da desapropriação da propriedade produtiva e da estabilidade no emprego. Votou contra o mandato de cinco anos para o presidente José Sarney e a legalização do jogo do bicho. Com a promulgação da nova Carta em 5 outubro de 1988, continuou no exercício de seu mandato regular como deputado federal.

No mês seguinte, liderou a maior greve da CSN até então, que culminou com a invasão de tropas do Exército, apoiadas por quatro carros blindados, resultando na morte de três metalúrgicos. Alguns dias depois do fim da greve, no pleito de 15 de novembro de 1988, Juarez Antunes foi eleito prefeito de Volta Redonda na coligação Pacto Democrático-Trabalhista — composta pelo PDT e pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), e apoiado por alguns setores do PT — obtendo mais de 40% dos votos válidos. Renunciando com isso ao mandato federal, foi empossado na prefeitura de Volta Redonda em 1º de janeiro de 1989, sendo substituído na Câmara pelo suplente Jaime Campos.

Era casado com Leda Siderlei Jardim Antunes, com quem teve um filho. 

FONTES: ASSEMB. NAC. CONST. Repertório (1987); COELHO, J. & OLIVEIRA, A. Nova; Estado de S. Paulo (22/2/89); Folha de S. Paulo (13/11/88); Globo (20/11/86, 22/2/89); Jornal do Brasil (22/2/89).

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