Com preocupação humana e pastoral, tomamos conhecimento da mobilização que se encontra
em andamento entre numerosos trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). É uma legítima e necessária organização em vista da reivindicação de melhores salários, de participaçãoo nos lucros e rendimentos da empresa e ampla cobertura do plano de saúde.
Diante disso, faz-se necessário ressaltar, em conformidade com a Doutrina Social da Igreja que não é lícito obter o lucro na custa da dignidade do trabalhador, da sua humilhação e da violação dos seus direitos.
As pautas acima mencionadas revelam-se, portanto, justa e dignas de apoio e solidariedade por parte daqueles que creem no Deus-amor e desejam que a sua vontade seja feita na terra, tal como no e na terra. “o trabalhador deve ser remunerado de tal modo que tenha a possibilidade de manter dignamente a sua vida e a dos seus, sob o aspecto material, social, cultural e espiritual.
A Igreja em sua Doutrina Social, não condena o lucro, desde que seja partilhado por todos aqueles que ajudaram a gerá-lo. o que comumenle se chama “participação nos lucros e resultados”.
Lamento que um grupo de trabalhadores, ligados à organização da mobilização em questão tenha sido sumariamente demitido. Pergunto-me se a demissão desses trabalhadores não esteja fundada no fato de que, justamente esses, estejam à frente da mobilização, o que tornaria essas demissões imorais e pecaminosas. Por isso. expresso o seguinte *elo: que aos trabalhadores demitidos seja devolvido o seu posto de trabalho. assegurando-lhes. assim, a dignidade e a pus de espírito.
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