A Polícia Civil teve acesso as imagens. Os disparos foram por volta de 23h45 de domingo (1º).
Uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas no tiroteio. O posto de gasolina fica na Rua Sete de Setembro.
Correria e disparos
As imagens mostram o interior da loja de conveniências e logo no início é possível ver clientes se jogando no chão e correndo para fora.
Na sequência, o policial aparece efetuando diversos disparos. Pelas imagens, é possível ver que os tiros foram à queima roupa. Ele segue em direção à saída da loja, e aparece disparando contra clientes do lado de fora.
O agente de segurança está preso na Polícia Federal em Curitiba. A defesa dele afirmou que o cliente teve um "surto psicótico, devido ao quadro profundo de depressão que vem enfrentando".
Ainda conforme os advogados, Ronaldo Massuia Silva está abalado, principalmente pela morte de uma pessoa e pelas outras três feridos que estão internados.
Na tarde desta segunda-feira (2), a polícia pediu à Justiça a prisão preventiva do agente. Ele é investigado por homicídio qualificado.
Confusão
De acordo com informações da Central de Flagrantes de Curitiba prestadas no início desta segunda-feira (2), o policial havia chegado ao posto e, após se desentender com um grupo de pessoas, incluindo um segurança do estabelecimento, sacou a arma e começou a atirar.
Um segundo vídeo obtido pela RPC registrou o momento em que o policial parece se desentender com clientes que estavam na fila do caixa da loja de conveniências.
Nas imagens, ele e um outro homem aparecem trocando tapas.
Clientes tentam apartar a discussão e tentam direcionar o policial para fora da loja. O agente sai do estabelecimento, e segundos depois as imagens mostram ele atirando contra a porta de vidro da loja, que se estilhaça.
Os segundos seguintes do vídeo registram o início dos disparos pelo policial.
Ainda de acordo com a Central de Flagrantes, o motivo da discussão foi uma vaga de estacionamento. O caso é investigado pelo 6º Distrito Policial.
O que diz a Polícia Federal
A PF informou que foi instaurado processo disciplinar pela corporação para apurar o fato, em paralelo ao processo criminal.
A reportagem questionou a PF sobre se a arma usada era da corporação e sobre o histórico do agente. Em resposta aos questionamentos, a corporação afirmou apenas que, desde que tomou conhecimento do episódio, acompanha e colabora com as investigações.
"A Polícia Federal lamenta profundamente os acontecimentos e expressa solidariedade neste momento de luto e dor das vítimas, familiares e amigos, ressaltando que tais condutas não refletem a formação, princípios e valores éticos da Instituição", disse em nota.
Testemunhas disseram que o policial chegou ao posto nervoso e pediu um isqueiro para acender um cigarro. Ainda conforme testemunhas, clientes tentaram conter o agente, que pegou uma pistola 9 milímetros e começou a atirar na direção da loja de conveniência.
Segundo a polícia, o agente federal apresentava sinais de embriaguez. O Boletim de Ocorrência da PM cita que o policial atirou pelo menos 10 vezes em direção à loja de conveniência e que ele estava dirigindo um carro da Polícia Federal descaracterizado.
Vídeos gravados por um cliente do posto mostram o momento em que as vítimas feridas eram atendidas pelo Corpo de Bombeiros.
Os feridos
Quatro pessoas foram baleadas pelo policial. O fotógrafo André Muniz Fritoli, de 32 anos, morreu a caminho do hospital. Outros dois homens, de 24 e 43 anos, foram baleados.
Uma mulher, de 30 anos, foi alvo de três disparos: no peito, perna e no abdômen. O quadro de saúde das três vítimas que seguem hospitalizadas é estável.
A mulher baleada gravou um áudio para os amigos do grupo contando o que aconteceu.
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