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Homem é baleado dentro de igreja por PM em Goiás

Homem é baleado dentro de igreja por PM em Goiás

O assessor empresarial Davi Augusto de Souza, de 40 anos, foi baleado na perna dentro da Igreja Congregação Cristã no Brasil, em Goiânia, na última quarta-feira (31). Segundo a família, o motivo seria uma discussão política depois que a igreja distribuiu uma circular sobre eleições, que pede aos fiéis para não votarem em candidatos que têm plano de governo a favor da desconstrução das famílias.

O cabo Vitor da Silva Lopes disse que foi atacado pela vítima e seus familiares. Assim, entrou em briga corporal com eles. Num dado momento, ele sentiu que queriam tomar sua arma e, por isso, a sacou e pediu para se afastarem, o que não foi obedecido. Para se defender, ele alega que fez um disparo na perna da vítima para cessar as agressões, sem intenção de matá-la.

A igreja publicou uma carta com recomendações em abril deste ano, que foi lida em todas as congregações, segundo o documento.

João Bispo é membro da igreja e presenciou toda a cena. Ele afirmou que um cooperador da CCB usou de sua influência, em pleno culto, para defender o presidente Jair Bolsonaro e criticar o partido adversário. David teria então se levantado e rebatido, dizendo que a igreja deveria falar de Jesus. "Daí chegou o PM e ele foi baleado na perna. O absurdo pior foi que toda a irmandade presente no culto ficou alheia ao ocorrido mesmo vendo a situação e o culto prosseguiu enquanto um de seus fiéis estava ensanguentado", disse. 

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás informou que o PM estava "em horário de folga" e que, assim que a Polícia Militar tomou conhecimento do caso, foi determinado a instauração de um procedimento administrativo disciplinar para apurar as circunstâncias do fato.

"Informamos ainda, que o policial militar apresentou de forma espontânea na delegacia de Polícia Civil para os procedimentos cabíveis", diz a nota, assinada pelo tenente-coronel Dallbian Guimarães Rodrigues.

Segundo a SSP-GO, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar a ocorrência e já começou a arrolar testemunhas.

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