A aquisição dos cinco kits é uma resposta ao novo desafio enfrentado na área de segurança pública. De acordo com estimativa feita pelo comando da Corporação, foram retiradas neste ano - entre janeiro e agosto - cerca de dez mil toneladas de entulhos de vias públicas, principalmente em comunidades da região metropolitana.
Os novos equipamentos já estão no pátio do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar e serão distribuídos estrategicamente para as regiões com maior demanda. Cada um dos quatro Comandos de Policiamento de Área (CPA) da região metropolitana receberá um kit - dois na capital, um na Baixada Fluminense e o quarto no Leste do estado. Os outros dois kits - um novo e um antigo - ficarão sob responsabilidade do COE.
Embora em escala bem menor, a utilização de barricadas por facções criminosas para impedir o acesso de viaturas em comunidades teve início há 15 anos. Em 2007, foi criada a Unidade de Engenharia de Demolição e Transporte, subordinada ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), que passou a contar com um conjunto de equipamentos para retirada de trilhos e blocos de concreto.
Com o passar do tempo, a tática criminosa se expandiu. A Polícia Militar criou então o Núcleo de Apoio às Operações Especiais (NAOE), subordinado ao COE, que passou a dar suporte nessa área a todas as unidades operacionais da Corporação. Durante os últimos anos, as remoções de barricadas passaram a ser feitas com equipamentos do COE e de outros órgãos públicos estaduais e municipais.
Com a chegada dos cinco novos kits, os integrantes do NAOE assumiram uma nova missão: capacitar os policiais militares de todas as unidades operacionais da região metropolitana para habilitá-los a operar as retroescavadeiras e os caminhões.
A partir de agora, a Polícia Militar estará em melhores condições de responder de forma mais rápida o desafio diário de retirada de barricadas, sem necessidade de recorrer a outros órgãos públicos que têm suas tarefas específicas.
O secretário da SEPM, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, lembra que esse trabalho da Polícia Militar não vai garantir apenas o acesso das viaturas policiais:
- Quando desobstruímos uma via, estamos possibilitando o direito de ir e vir dos moradores e a prestação de outros serviços públicos essenciais, como coleta de lixo, combate a incêndios e outras emergências, socorro médico, restabelecimento de energia elétrica - afirma o coronel Henrique.
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